A Cimeira do G7 de Biarritz constituiu uma gigantesca operação de diversão para induzir na opinião pública a ideia de que, apesar das suas indisfarçáveis maleitas, o capitalismo não está assim tão mal, e para desviar a atenção dos demais problemas resultantes precisamente daquilo que o G7 tudo fez para esconder: o aprofundamento da crise estrutural do capitalismo, a agudização das contradições inter-imperialistas, o avanço do fascismo, a crescente ameaça de guerra nuclear.
É certo que não podemos conhecer o que se passou nos bastidores. Não foram certamente pacíficas as discussões, nomeadamente no que respeita aos sérios conflitos económicos que opõem os EUA à Alemanha e a outras potências da União Europeia, às consequências para a própria economia do sistema da guerra das tarifas alfandegárias imposta pelos EUA à China, ou mesmo em relação a conflitos alimentados unilateralmente para impor a hegemonia norte-americana ao mundo.