Ele acenava-me lá entre colmeias,
com as suas abelhas heroínas,
como as que cavam mel fertilizante e fresco
na casca dura dos favos
até que apertei com orgulho as suas mãos de terra.
Ele dizia-me: «olha,
irmão, como somos, aqui em «Meitriz»,
nas «covas do rio», às «portas do inferno».
E mostrou-me as suas oliveiras,
os campos de milho, as videiras,
o chão inclinado dos viveiros,
as bogas, as águias, os lobos,
e a solidão imensa.
Vi o trabalho de quem ali
depois se junta também:
«filhos», «netos», «amigos», «vizinhos»,
que deixam cansaço e gasto,
com todo o rasto das suas duras mãos,
na madeira da mesa de almoço.