O Comité Central do PCP, reunido a 28 de Maio de 2019, avaliou o trabalho realizado e os resultados das Eleições para o Parlamento Europeu realizadas a 26 de Maio, apreciou a situação nacional e o desenvolvimento da luta e apontou linhas de trabalho para o futuro imediato, em particular para as Eleições Legislativas de 6 de Outubro e a luta pela alternativa.
I – Andar para trás não. Avançar é preciso
A situação do país e a sua evolução tem, entre outros, como traços marcantes: o conjunto de avanços na reposição, defesa e conquista de direitos, alcançados na nova fase da vida política nacional, com a luta de massas e com a intervenção decisiva do PCP; a persistência de muitos dos problemas dos trabalhadores, do povo e do país, com origem na submissão às regras e imposições do Euro e da UE e aos interesses do grande capital; o branqueamento das responsabilidades de PS, PSD e CDS na concretização da política de direita, que trouxe o país à situação de dificuldade em que se encontra hoje; e a acção dos sectores mais reaccionários que visa atacar o PCP, usando a mentira, a calúnia e a difamação, e pôr em causa a própria democracia. Realidade que os resultados das Eleições para o Parlamento Europeu não alteram.
A manobra ensaiada pelo PS, com a ameaça de crise política, revela a sua ambição de retomar sem limitações o seu percurso de décadas de promoção da política de direita.
A grande questão que está colocada aos trabalhadores e ao povo é a de avançar e não andar para trás. Avançar na confirmação dos direitos conquistados. Avançar na resposta aos problemas mais prementes da população. Avançar na valorização do trabalho e dos trabalhadores. Avançar na defesa dos interesses do país e da soberania nacional.
O desenvolvimento da luta e da acção reivindicativa dos trabalhadores e do povo e a acção e reforço do PCP são as mais sólidas garantias de se avançar na luta pela ruptura com a política de direita, por uma política patriótica e de esquerda e por uma alternativa política que a concretize.