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Se há facto que a História sobejas vezes comprovou é que não existem realidades imutáveis e caminhos de sentido único. As alternativas existem sempre e a sua concretização depende da existência de forças capazes de as construir. No centro da acção dos deputados eleitos pela CDU no Parlamento Europeu estão, como sempre estiveram, a oposição aos fundamentos da UE, e seu aprofundamento, e a luta por uma Europa dos trabalhadores e dos povos, baseada na cooperação, no progresso social e na paz.

Tal desígnio exige uma profunda alteração na correlação de forças em cada país, a favor dos trabalhadores e dos povos, o que implica, em Portugal, o reforço da CDU nas eleições deste ano e avanços concretos na luta pela política patriótica e de esquerda. Assim como a cooperação entre comunistas e outras forças progressistas e de esquerda dos vários países em torno de uma clara posição de ruptura com o processo de integração capitalista. Este processo pressupõe a construção, no plano nacional, de alternativas que rejeitem o neoliberalismo, o federalismo e o militarismo em que assenta a UE, pondo assim em causa as suas bases fundamentais.

Como aponta o PCP na sua Declaração Programática às eleições para o Parlamento Europeu, esse caminho alternativo assenta em seis eixos: elevação dos direitos sociais e laborais; respeito pelo direito ao desenvolvimento soberano e promoção de relações mutuamente vantajosas; cooperação entre estados soberanos e iguais em direitos com respeito pela democracia; promoção de efectivas relações de amizade, cooperação e solidariedade com todos os povos do mundo; respeito pelo meio ambiente; respeito e promoção da cultura, da diversidade e do intercâmbio cultural.

  • Seis países têm o poder de condicionar 80% da legislação da UE, aplicada em todos os estados-membros
  • As despesas militares da UE poderão aumentar 1095% nos próximos anos
  • Apenas dois estados-membros da UE assinaram e ratificaram o Tratado de Proibição de Armas Nucleares, promovido pelas Nações Unidas
  • Entre 2014 e 2017 mais de 17 mil pessoas morreram no Mar Mediterrâneo a tentar chegar à Europa fugindo de guerras provocadas pela própria UE
  • Um quarto da população da UE está hoje em risco de pobreza
  • Entre 2010 e 2018, o Banco Central Europeu lucrou 7,8 mil milhões de euros com a dívida portuguesa