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Democracia e soberania nacional são, cada vez mais, condições essenciais e indissociáveis de uma alternativa progressista, tanto para Portugal como para a Europa. Não é possível aos povos decidirem livremente o seu caminho de desenvolvimento desprovidos dos instrumentos políticos e económicos soberanos que o possibilitem e submetidos a obstáculos e constrangimentos externos. A História está repleta de exemplos que o demonstram.
O caso de Portugal é, a este respeito, paradigmático. Mais de quatro décadas de política de direita, associadas a 30 anos de participação no processo de integração capitalista da CEE/UE e a 20 anos de euro interromperam e reverteram em importantes aspectos o rumo democrático e progressista aberto com a Revolução de Abril: os sectores básicos e estratégicos da economia nacional estão de novo nas mãos do grande capital e o País encontra-se submetido às imposições da União Europeia – que, lembre-se, não é neutra, antes se constitui como um instrumento ao serviço dos interesses dos monopólios e de grandes potências.