A saga das nomeações familiares que tanto tem empolgado a generalidade da comunicação social deu origem, como já vem sendo costume, a um frenesim legislativo de que se desconhece ainda o desfecho.
O assunto trouxe-me à memória o processo dos Távoras, um dos mais famosos e polémicos casos judiciais da nossa História, que para além da liquidação dos principais membros daquela família e de alguns dos seus fiéis seguidores, todos acusados de conspiração e tentativa de regicídio, facilitou a submissão da nobreza aos projectos de centralização do poder advogado pelo marquês de Pombal, essencial para a consolidação do poder absoluto, e abriu portas à expulsão da Companhia de Jesus.
O que é que isto tem a ver com os primos, cunhados, maridos, filhos, mulheres, padrinhos, afilhados e etc. e tal do governo PS não sei, mas lá que me lembrei, lembrei.