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Há exactamente três anos, em 25 de Fevereiro de 2016, o almirante Kurt W. Tidd, chefe do Comando Sul (SouthCom) dos Estados Unidos da América, escreveu a seguinte recomendação: «Nas actuais circunstâncias, tem grande interesse impor a matriz segundo a qual a Venezuela entra numa etapa de CRISE HUMANITÁRIA [destaque do próprio] por falta de alimentos, água e medicamentos»; por isso «há que continuar a manipular o cenário em que a Venezuela está “à beira do colapso e da implosão”, pedindo à comunidade internacional uma intervenção humanitária para manter a paz e salvar vidas».
Este trecho citado faz parte de um documento secreto intitulado «Venezuela Freedom-2 Operation», apresentado pelo almirante Tidd numa reunião que envolveu a junta de comandos e a componente de operações especiais do SouthCom – United States Southern Command (USSOUTHCOM), Joint Task Force-Bravo (JTF-Bravo, JTF-B) e Joint InterAgency Task Force-South (JIATF-S). O relatório do comandante faz um balanço da primeira fase da operação «Venezuela Liberdade-2» e alinha um conjunto de 12 recomendações para a segunda fase e sobre as quais ninguém dirá que tenham passado três anos, tal a sua gritante actualidade.