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CDU Arouca

CDU Arouca

Monthly Archives: Fevereiro 2019

Ainda bem que não ganhamos as eleições autárquicas – Francisco Gonçalves

28 Quinta-feira Fev 2019

Posted by cduarouca in Francisco Gonçalves, Política, Portugal, Sociedade

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“- Ando mal senhor doutor!
– Ai sim!
– Sonhos estranhos, sete noites seguidas. Sonho que me chamam corrupto!
– Corrupto?
– Sim e sou achincalhado na praça pública! Porquê estes sonhos, senhor doutor?
– Diga-me uma coisa. Tem visto as peças daquele Jornalismo de Investigação da TVI?
– Sim.
– Tem lido as da Visão e do Observador?
– Sim.
– Está aí a explicação.”

O Interpretador de sonhos

 

Nos alvores deste mês tive uma estranha semana, sete noites e sete sonhos, a mesma narrativa mas com personagens diferentes, a única que se repetia era eu. A história era basicamente esta: a CDU tinha conquistado a Câmara Municipal de Arouca em 2017 e eu era acusado, na praça pública, de compadrio, corrupção e vigarices várias.

Na primeira noite era por causa do meu tio Manel, que tem uma casa de pneus, e tinha vendido uns pneus recauchutados, para um velho Renault Clio, e feito um desconto … a um camarada meu dirigente regional do PCP.

Na segunda noite era o meu café da manhã, diariamente tomado no Café Amizade, em frente aos Paços do Concelho, um café cujo filho do proprietário namorava … com a minha filha.

Na terceira noite a razão era o arranjo das bicicletas turísticas, as Arouca Buga, (duas correntes e três afinações de travões no chuvoso mês de Abril), cujo concurso de manutenção tinha sido ganho pela oficina do Carlitos … que era meu camarada.

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Políticas para o território – desenvolvimento equilibrado, uma visão estratégica

27 Quarta-feira Fev 2019

Posted by cduarouca in Arouca, PCP, Política, Portugal

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Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral, no debate «Políticas para o território – desenvolvimento equilibrado, uma visão estratégica»

Por este debate passaram imensos e valiosos contributos, que expuseram e aprofundaram uma visão estratégica necessária e imprescindível para responder aos muitos desequilíbrios territoriais.

Ficaram bem patentes as causas e as consequências de um modelo de desenvolvimento da política de direita que ao longo de anos PS, PSD e CDS promoveram: tais como a destruição de sectores produtivos e do emprego, suporte da vida das populações essenciais à ocupação equilibrada do território, nomeadamente com a destruição da pequena e média exploração agrícola, mas também da Reforma Agrária, o ataque aos serviços públicos, a extinção de Juntas de Freguesia, a privatização de sectores estratégicos, as dificuldades nas infraestruturas, transportes e mobilidade nas regiões, como o desinvestimento na ferrovia ou a introdução de portagens nas SCUT, são apenas alguns exemplos. Todas estas políticas tiveram expressão no plano do território e estão bem patentes na dinâmica assimétrica traduzida na perda de coesão territorial.

Assimetrias avolumadas apesar dos milhares de milhões de euros de sucessivos programas de fundos comunitários supostamente destinados a assegurar a prometida coesão social e territorial mas efectivamente desviados para beneficiar o grande capital e aplicados à margem de planos regionais de desenvolvimento.

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Agressão à Venezuela: um roteiro com três anos – José Goulão

26 Terça-feira Fev 2019

Posted by cduarouca in Internacional, Política, Portugal, Sociedade

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Venezuela

Há exactamente três anos, em 25 de Fevereiro de 2016, o almirante Kurt W. Tidd, chefe do Comando Sul (SouthCom) dos Estados Unidos da América, escreveu a seguinte recomendação: «Nas actuais circunstâncias, tem grande interesse impor a matriz segundo a qual a Venezuela entra numa etapa de CRISE HUMANITÁRIA [destaque do próprio] por falta de alimentos, água e medicamentos»; por isso «há que continuar a manipular o cenário em que a Venezuela está “à beira do colapso e da implosão”, pedindo à comunidade internacional uma intervenção humanitária para manter a paz e salvar vidas».

Este trecho citado faz parte de um documento secreto intitulado «Venezuela Freedom-2 Operation», apresentado pelo almirante Tidd numa reunião que envolveu a junta de comandos e a componente de operações especiais do SouthCom – United States Southern Command (USSOUTHCOM), Joint Task Force-Bravo (JTF-Bravo, JTF-B) e Joint InterAgency Task Force-South (JIATF-S). O relatório do comandante faz um balanço da primeira fase da operação «Venezuela Liberdade-2» e alinha um conjunto de 12 recomendações para a segunda fase e sobre as quais ninguém dirá que tenham passado três anos, tal a sua gritante actualidade.

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Incomoda muita gente – Alexandre Tavares

25 Segunda-feira Fev 2019

Posted by cduarouca in PCP, Política, Portugal

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campanha, insídia, Manipulação, mentira

O Partido Comunista Português incomoda muita gente.

Incomoda pela sua história, porque é o Partido mais antigo de Portugal, porque viveu e sobreviveu ao fascismo e contribuiu de forma determinante para o derrotar. Incomoda porque é um Partido diferente dos outros, porque é um Partido de vanguarda, de classe, revolucionário, que se organiza com base no centralismo democrático e na democracia interna – que para tantos é tão difícil de perceber. Incomoda porque é comunista e não teme afirmá-lo.

Incomoda porque não cede a pressões ou interesses nem vai em ondas, porque não abandona os seus princípios e o seu projeto por quaisquer fait-divers em voga em cada momento no foro mediático, porque não retira do centro da sua intervenção a redistribuição da riqueza e os direitos de quem trabalha.

Incomoda porque vive da militância de milhares de homens, mulheres e jovens que lhe dão de si, porque enche espaços por todo o país com os seus comícios e iniciativas, porque organiza o maior acontecimento político-cultural do país.

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Descarregando … sob a ponte!

24 Domingo Fev 2019

Posted by cduarouca in Ambiente, Arouca, Política

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Rio Arda junto à ETAR-Ponte da Ribeira, Tropeço, Arouca

o rio em condições normais – Jan/2019

veja-se a cor da água fruto de descargas que são feitas com alguma regularidade – Jan/2019

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Exercer os Direitos. Participar em Igualdade

23 Sábado Fev 2019

Posted by cduarouca in Arouca, PCP, Política, Sociedade, Trabalhadores

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Avançar é preciso!, Aveiro, direitos das mulheres

Integrado nas comemorações do dia Mundial da Mulher, realizou-se sexta-feira, no salão do antigo quartel dos Bombeiros de Albergaria-a-Velha, um jantar-comício promovido pela Direcção da Organização Regional de Aveiro do PCP subordinado ao lema “Exercer os Direitos. Participar em Igualdade”. A iniciativa contou com a participação de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP, e João Ferreira, 1.º Candidato da Lista da CDU às Eleições do Parlamento Europeu de 2019. 

INTERVENÇÃO DE JERÓNIMO DE SOUSA


Uma saudação fraterna a todas as militantes comunistas, a todas as amigas presentes nesta iniciativa organizada pela Direcção Regional de Aveiro do nosso Partido, uma saudação que quero estender às mulheres deste concelho de Albergaria-a-Velha e a todas as mulheres do distrito de Aveiro.

Exercer direitos, participar em igualdade é uma legítima aspiração das mulheres, uma conquista da Revolução plasmada na Constituição da República e nas leis mas o exercício desses direitos e da participação em igualdade estão por cumprir, porque distantes do quotidiano da grande maioria das mulheres das mais diversas actividades, incluindo as jovens mulheres que, não obstante terem hoje níveis de qualificação incomparavelmente superiores às gerações que as antecederam, são privadas da valorização do seu estatuto profissional e salarial, de serem mães sem penalizações, nem discriminações.

Esta é uma realidade não só injusta como inaceitável, contra a qual o PCP se tem batido. Ela não é nem uma fatalidade histórica, nem tão pouco explicável por razões de natureza cultural, em que as mulheres tenham que ficar a aguardar que as mudanças aconteçam, quando elas só acontecerão de facto a seu favor, pela sua luta e pela exigência de mudanças na natureza das políticas económicas e sociais que têm sido realizadas por sucessivos governos da política de direita orientada para a intensificação e perpetuação da exploração, das desigualdades e da discriminação.

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Porquê agora a Venezuela? – Albano Nunes

22 Sexta-feira Fev 2019

Posted by cduarouca in Internacional, Política

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Venezuela

Porquê tâo violenta ofensiva contra a Venezuela Bolivariana? Porquê tanto rancor, tanta hipocrisia, tanta mentira? Porquê a santa aliança que juntou na mesma operação golpista a pior reacção e a social-democracia, Trump e Bolsonaro com Pedro Sanchez, Merkel e demais dirigentes do bloco imperialista europeu? Porquê tão indecente coro da comunicação social, reproduzindo as campanhas de mentiras que enquadraram as agressões à Jugoslávia, ao Iraque, à Líbia, à Síria? Por que é que CDS e PSD batem palmas à inadmissível posição seguidista do governo minoritário do PS?

Não, não é de amor à liberdade ou de generosos sentimentos humanitários que se trata. O estrangulamento económico e financeiro à Venezuela e o roubo dos activos venezuelanos no estrangeiro falam por si. O imperialismo quer esfomear o povo para o conduzir ao desespero e varrer da sua memória quanto a sua situação social e o respeito pela sua dignidade cresceram nos últimos vinte anos e voltá-lo contra o processo bolivariano. É uma arma clássica do arsenal contra-revolucionário. Não, não são nem a liberdade nem os direitos humanos que movem o imperialismo mas as imensas riquezas da Venezuela, que o imperialismo cobiça.

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O PCP não cala as suas críticas ao Governo PS. Mas ao contrário do CDS, não quer que o país ande para trás

21 Quinta-feira Fev 2019

Posted by cduarouca in PCP, Política, Portugal

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António Filipe

Intervenção de António Filipe no debate da moção de censura do CDS.

Senhor Presidente
Senhor Primeiro Ministro e demais membros do Governo,
Senhoras e senhores deputados,

A moção de censura do CDS que hoje debatemos nasceu na sexta-feira e nem chegou viva ao sábado. Trata-se regimentalmente de uma moção de censura ao Governo, mas em boa verdade, não se dirige ao Governo.

O real objetivo desta moção de censura do CDS não é derrubar o Governo. O objetivo do CDS é marcar território à direita. O destinatário desta moção de censura não é o Governo. É principalmente o PSD e assessoriamente o recém-criado Aliança, nascido da mesma cepa e envelhecido nas mesmas caves. Esta é a moção de censura que o PSD poderia apresentar, mas não quer, e que o Dr. Santana Lopes quereria apresentar, mas não pode.

O país reagiu com a indiferença que é devida a uma iniciativa inconsequente, mas o PSD lançou-se num fascinante debate interno entre o Prof. David Justino e o comentador Marques Mendes sobre a questão de saber quem é que no PSD anda a fazer papel de idiota.

E enquanto no PSD se discute quem faz papel de idiota, o CDS chega-se à frente e não deixa os seus créditos por mãos alheias.

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Quanto custa a liberalização da PAC? – Miguel Viegas

20 Quarta-feira Fev 2019

Posted by cduarouca in Agricultura, Arouca, Miguel Viegas, Parlamento Europeu, PCP, Política, Portugal, UE

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A natureza capitalista da União Europeia determina que a lógica neoliberal deve prevalecer em todos os domínios da esfera social e económica. Em nome da superior eficiência dos mercados, a Política Agrícola Comum (PAC) foi sendo sucessivamente liberalizada, confiando que o mecanismo de preços iria igualar a oferta à procura sem ser necessário qualquer ajuda externa. Lérias!

O fim das quotas leiteiras exemplifica na perfeição as consequências desta liberalização: afundamento dos preços pagos ao produtor, concentração da produção no centro da Europa à custa da periferia e centenas de milhões de euros gastos pela União Europeia através dos mecanismos de intervenção.

O regime das quotas leiteiras salvaguardava a cada país um nível de produção e impedia simultaneamente um excesso de produção ao nível europeu. O fim das quotas leiteiras em 2015 precipitou uma enorme crise de sobreprodução com afundamento do preço do leite e encerramento de milhares de explorações. Perante as inúmeras manifestações dos produtores, a Comissão Europeia apresentou em Agosto de 2016 um pacote de ajudas de 500 milhões de euros, parte do qual destinado a subsidiar o abandono total ou parcial da produção. Ao mesmo tempo, através do mecanismo de intervenção, teve de comprar e secar a quantidade astronómica de três milhões de toneladas de leite para tentar mitigar o excesso de produção.

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Sobre a palavra estrangeira que veio dar nome a Fundo de Greve – Francisco Gonçalves

19 Terça-feira Fev 2019

Posted by cduarouca in Arouca, CDU Arouca, Francisco Gonçalves, Sindicalismo, Sociedade, Trabalhadores

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“Meu Deus, que Era sábia esta em que do horóscopo à bola é tudo ciência!”
Pensamentos de um pós-moderno fascinado

 

Jerónimo de Sousa interrogado sobre a chamada greve cirúrgica dos enfermeiros e o fundo de greve de subscrição pública criado para o efeito terá demonstrado pouca simpatia por este tipo de fundo e afirmado mesmo que a greve tem um lado de sacrifício para quem a faz. Tal ideia, também sublinhada por outros no espaço público, trouxe, imediatamente, Doutores em Ciência Política e em Ciência Sindical à polémica, defendendo o fundo de greve em causa e vertendo lições de História para cima da mesa – o sindicalismo nasceu assim, isto é um salutar retorno às associações mutualistas de trabalhadores. Postulado feito, postulado lavrado.

Pois, mas eu, sem predicados académicos em Ciência Política e em Ciência Sindical, recorrendo a um livrinho (Da Guerra), escrito em 1832 por um general prussiano de nome Karl Von Clausewitz, e à minha experiência sindical acho que o Jerónimo tem razão.

O tal general prussiano afirmava que a guerra é a continuação da política por meios violentos, portanto, a política será a continuação da guerra por meios não violentos. No mundo laboral os “meios violentos” são a luta laboral, os “meios não violentos” a negociação. O acordo entre partes é a paz laboral. Partes que são duas, o patrão e os trabalhadores, e desiguais, a primeira é mais forte (tem o capital) que a segunda (apenas tem a força de trabalho, que vende).

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Júlio Magalhães entrevista Jerónimo de Sousa

18 Segunda-feira Fev 2019

Posted by cduarouca in PCP, Política, Portugal, Sociedade

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Júlio Magalhães, Jerónimo de Sousa, Porto Canal, Secretário-Geral do PCP

Entrevista realizada a 1 de Fevereiro de 2019

Mentira. Manipulação. Insídia

17 Domingo Fev 2019

Posted by cduarouca in Nacional, PCP

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INGREDIENTES DE UMA CAMPANHA SEM ESCRÚPULOS

A operação de difamação contra o PCP assume contornos persecutórios intoleráveis. Para procurar sustentar conclusões previamente definidas não se tem olhado a meios.

Escusado seria invocar aqui o manancial de violações grosseiras de critérios e princípios deontológicos a que os jornalistas estão obrigados. Fiquemos apenas pelo cortejo de MENTIRAS. A densidade e presença da mentira, da mais boçal à mais ornada, não permite esgotar aqui o seu elenco.

  • A CM Loures e as lâmpadas
  • Os funcionários da CM Seixal fazem “turnos” na Festa do «Avante!»
  • Os “pecados” na CM Seixal
  • Os despejos promovidos pelo PCP

Mentem, descaradamente.


A CM LOURES E AS LÂMPADAS

DATA: 17 de Janeiro de 2019
FONTE: TVI, Jornal da 1, Jornal das 8, Deus e o Diabo
AUTORES: Ana Leal, André Ramos

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«11 mil euros por mês» (…) «num dos meses recebeu esse valor, limitando-se a mudar oito lâmpadas e dois casquilho» (TVI , 19h55) ou «Portanto haverá muitos portugueses e muitas empresas, para fazer, como num determinado mês, como nós vimos, mudar 8 lâmpadas e 2 casquilhos, ganhar 11 mil euros. É isto, factualmente, que está em causa». (TVI, Jornal da 1, Ana Leal – 17 de Janeiro)

MENTIRA! O contrato estabelecia, e era cumprido, a verificação, limpeza e manutenção de 438 abrigos de transportes públicos, assim como à renovação dos suportes de publicidade neles inseridos, dispersos pela área do concelho.

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Os sociopatas e os seus seguidores – José Goulão

16 Sábado Fev 2019

Posted by cduarouca in EUA, Internacional, Política, Sociedade

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Venezuela

Para os países alinhados com Washington já não se trata apenas de violar grosseiramente a democracia. Os governos que seguem de braço dado com a administração Trump enveredaram pela carreira do crime.

John Bolton, Mike Pompeo e Mike Pence, Casa Branca – Junho de 2018

Houve ocasiões – raras – em que os principais governos da União Europeia se distanciaram do comportamento boçal, truculento e neofascista da administração norte-americana gerida por Donald Trump. É certo que as razões nem eram louváveis, uma espécie de escrever direito por linhas tortas porque contrapor à política de fortaleza comercial de Washington o neoliberalíssimo «comércio livre» global, que serve meia dúzia de grandes conglomerados económico-financeiros, não é propriamente um comportamento honroso.

Ainda assim, essa situação foi suficiente para os que fazem política e comunicação navegando à vista nas vagas do oportunismo situacionista tentarem fazer crer que entre Washington e alguns dos principais aliados existiam saudáveis divergências, recomendáveis pelo facto de «parecer mal» estarem associados aos desmandos trumpistas.

Porém, o que tem de ser tem muita força, a realidade impôs os factos, as máscaras caíram, o globalismo ditou as suas leis, embora já periclitantes, e deixou de haver lugar para disfarces.

A harmonia entre Washington e os aliados restabeleceu-se quando foi preciso por mãos à obra e cuidar do que interessa a quem manda: o domínio sobre as matérias-primas e a vantagem militar planetária para, em última instância, assegurá-lo.

Bastou o aparecimento de provas de que a superioridade militar da NATO e respectivas ramificações pode estar em causa; eis que entra na ordem da actualidade uma disputa mais cerrada pelas riquezas naturais do mundo – e logo a boçalidade e o desprezo militante de Trump por qualquer coisa que tenha a ver com democracia e direitos humanos deixaram de ser problema.

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Manuel Gusmão, «contra todas as evidências» – Manuel Augusto Araújo

15 Sexta-feira Fev 2019

Posted by cduarouca in Cultura, Portugal, Sociedade

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Manuel Gusmão recebeu, a 5 de Fevereiro, a Medalha de Mérito Cultural em reconhecimento, pelo Governo português, do «inestimável trabalho de uma vida dedicada à produção literária e à poesia».

O poeta e ensaísta Manuel Gusmão

Em 1990 é publicado um livro, Dois Sóis, A Rosa a arquitectura do mundo, que revela o que se suspeitava mas não se conhecia: Manuel Gusmão-poeta. Publicado quando já tem 45 anos, os poemas, pelas datas indicadas nos cinco «capítulos» do livro, já tinham sido escritos em anos anteriores, de 1969 a 1986. É uma brilhante estrela que descola da constelação da poesia portuguesa para a iluminar exuberantemente e anunciar um poeta singular que imediatamente se coloca entre os maiores poetas portugueses, em particular os nossos contemporâneos.

Manuel Gusmão já era bem conhecido do universo literário não só como professor na Faculdade de Letras, marcando várias gerações, em que se destacou pelo modo com transmitia saberes, conhecimentos e abria novos caminhos na interpretação dos textos, mas também como ensaísta e crítico literário, actividade que tinha iniciado no jornal Crítica, com Eduarda Dionísio, Jorge Silva Melo e Luís Miguel Cintra que, nos anos sessenta, rasgaram novas perspectivas de leitura.

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«É necessária a valorização geral dos salários em Portugal»

14 Quinta-feira Fev 2019

Posted by cduarouca in PCP, Política, Portugal, Sociedade, Trabalhadores

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Intervenção de Jerónimo de Sousa na Assembleia de República

Chove em Caracas – Agostinho Lopes

13 Quarta-feira Fev 2019

Posted by cduarouca in Internacional, PCP, Política, Portugal, Sociedade

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Venezuela

Ou o Chile outra vez. É preciso que a memória não seja curta, ou a amnésia selectiva: os que hoje golpeiam ou apoiam o golpe de Estado contra o povo venezuelano são os mesmos que em 1973 apoiaram o golpe fascista de Pinochet no Chile de Allende, de Neruda e da Unidade Popular.

E não julguem alguns que podem ficar oportunisticamente, face ao rolo compressor da onda mediática golpista, sentados em cima da ponte, no dilema Revolução Bolivariana versus Império do Norte. Que é o que significa afirmar não escolher entre Maduro e Trump. Que se lembrem se poderiam não ter optado por Allende. Ou, mais lá para trás, optar pela «neutralidade» da França e Inglaterra no avanço do fascismo contra a República Espanhola. Ou, em dias próximos, dizer como alguns disseram, «Nem Dilma nem Temer, eleições!»

Há diferenças. O imperialismo norte-americano não conseguiu, até hoje, convocar as forças armadas bolivarianas para afogar em sangue e repressão o povo da Venezuela, como fez no Chile. Mas não foi por falta de tentativas, a começar pelo golpe militar contra Chávez de 2002… 1

Mas tudo o resto é um filme bem conhecido, encenado e desenvolvido pela CIA & Cia. E é absolutamente espantosa a credibilidade ou a hipocrisia com que tanta boa gente repete chavões e refrões de letras e músicas do disco rachado de todos os golpes e subversões do imperialismo norte-americano, incluindo na história da América Latina do século XX.

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A União Europeia e as razões acrescidas para o voto na CDU

12 Terça-feira Fev 2019

Posted by cduarouca in Parlamento Europeu, PCP, Política, Portugal, Sociedade, UE

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Intervenção de João Ferreira, Membro do Comité Central e Deputado ao Parlamento Europeu, no Encontro Nacional do PCP «Alternativa Patriótica e de Esquerda. Soluções para um Portugal com Futuro» – Matosinhos, 2 de Fevereiro de 2019.

Camaradas,

A situação que vivemos no nosso país é profundamente influenciada pela sua inserção na União Europeia e na Zona Euro.

A União Europeia, e particularmente o Euro e as imposições que lhe estão associadas, são um sustentáculo e um impulsionador da política de direita levada à prática nas últimas décadas por PS, PSD e CDS.

Os três convergiram na destruição da produção nacional; no assalto a empresas públicas e a sectores estratégicos da economia, hoje privatizados e nas mãos do capital estrangeiro; no subfinanciamento, degradação e encerramento de serviços públicos; na precariedade laboral; no comprometimento da independência e soberania nacionais.

O euro prendeu Portugal à estagnação e à “austeridade”. Em duas décadas, é este o seu significado: redução e contenção dos salários, perda de poder de compra dos trabalhadores, redução de direitos sociais, pobreza e desigualdades, emigração, desinvestimento, degradação do aparelho produtivo, endividamento.

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Não aprenderam? – Henrique Custódio

11 Segunda-feira Fev 2019

Posted by cduarouca in Internacional, Política, Portugal, Sociedade

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Venezuela

Enquanto os EUA já promovem golpes de Estado a céu aberto, como está a ocorrer na Venezuela e com cinco dos senhores da UE a reboque de Trump, vemos também o ministro dos NE português, Augusto Santos Silva, a comungar, glorioso, com «o ultimato» que «a União Europeia» fez ao Presidente Nicolas Maduro para «abandonar o poder», esquecendo-se que Portugal só conhece ultimatos pelo que sofreu da sua aliada Inglaterra e que os poderosos da UE (Alemanha, França, Itália, Reino Unido) não constituem os 28 países que a integram, por muito que os tais poderosos gostem de o afirmar, a par do Governo de António Costa, com o belicoso Santos Silva à frente, alinhando no papel de apaniguado diligente, embora insignificante.

Estamos perante uma tentativa de golpe comandada de fora, como dizia Jorge Cadima a semana passada, aqui no Avante!. Desde a eleição de Chavez em 1998, que o problema não é Chavez ou Maduro nem uma suposta «ditadura», «o problema é que o imperialismo não suporta países soberanos». Nestes 20 anos de República Bolivariana a oposição só ganhou duas, das 25 eleições realizadas sob escrutínio internacional. Maduro foi reeleito há nove meses, em eleições não só escrutinadas internacionalmente, como feitas em concordância com a oposição. De repente, os EUA decidem promover um desconhecido que ganhara as eleições da Assembleia Nacional, instigam-no a autoproclamar-se – inconstitucionalmente, frise-se – «presidente» da Venezuela e está o golpe em marcha, com os mandantes da UE a darem «oito dias» ao Presidente Maduro, eleito constitucionalmente, para se demitir e convocar eleições e com Santos Silva, ministro dos NE português, a não querer esperar tanto e a dizer que «tem de se ir embora»…

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Sobre a situação laboral da trabalhadora Cristina Tavares

10 Domingo Fev 2019

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Intervenção da Deputada Rita Rato sobre a situação laboral da trabalhadora Cristina Tavares da empresa Fernando Couto – Corticeira, eu audição do Ministro do Trabalho e Solidariedade Social.

Sobre a requisição civil decretada pelo Governo no sector de enfermagem

09 Sábado Fev 2019

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A pedido de vários órgãos de comunicação social:

Os enfermeiros estão sujeitos a um enorme desgaste e tendo sido reposta uma parte dos direitos cortados por sucessivos governos, em particular pelo Governo PSD/CDS, persistem problemas, no reconhecimento das progressões e valorização das carreiras e na falta de profissionais, a que o Governo deve dar resposta efectiva.

O PCP foi e é solidário com a luta dos enfermeiros em torno destas reivindicações que valorizam a sua actividade indispensável à defesa e valorização do Serviço Nacional de Saúde.

Ao mesmo tempo o PCP manifestou e manifesta a sua preocupação com a acção em curso que invocando o direito à greve incide sobre as cirurgias em alguns hospitais de forma bastante prolongada e que afecta brutalmente os utentes. O compreensível descontentamento e as reivindicações dos enfermeiros têm sido usados para pôr em causa o SNS e facilitar os lucros dos grupos privados da saúde. Alguns enfermeiros, estão a ser usados e pagos, com centenas de milhar de euros, cuja origem pode estar em grupos privados da saúde beneficiários directos da transferência das operações cirúrgicas. Esta acção afecta o respeito que os profissionais de enfermagem merecem da população, ataca o Serviço Nacional de Saúde e contribui para dar argumentos contra o direito à greve e para o uso da requisição civil.

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Duplicidade e hipocrisia – Manuel Loff

08 Sexta-feira Fev 2019

Posted by cduarouca in Governo, Portugal, Sociedade, UE

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Venezuela

A opção tomada pelo nosso Governo na Venezuela é errada e é totalmente incoerente.

Parece 2003 outra vez. EUA, Grã-Bretanha e Espanha ateavam a propaganda contra Saddam Hussein, descrevendo-o como o Hitler do séc. XXI, depois de o terem achado bom aliado contra o Irão. Na era das “intervenções humanitárias”, Bush pai explicava que não, não era pelo petróleo que os EUA queriam intervir no Iraque; era mesmo para salvar os curdos e os xiitas e destruir o arsenal de armas de destruição maciça que o Iraque teria na sua posse. O verdadeiro arsenal foi o de mentiras grosseiras que, lembremo-nos, também então se apresentaram como “verdades incómodas” para a França, a Rússia, a China, os pacifistas cobardes e a esquerda global, portadores todos de um incurável antiamericanismo preconceituoso, que “apoiavam” monstros como Saddam. O que fez o Governo português de então? Durão Barroso pôs-se em bicos de pés e, qual miúdo que se cola aos mauzões do recreio, afirmou-se do lado dos “aliados tradicionais de Portugal”, desprezando Direito Internacional, multilateralismo, ONU. Foi o que se viu. E ainda vê. Agora, Costa e Santos Silva decidiram copiar Durão/2003 e juntar-se a um ultimato ao governo da Venezuela que só pode piorar tudo e que decididamente arrisca uma de duas situações más, e uma pior que a outra: ou a intervenção militar estrangeira não autorizada pela ONU, ou a guerra civil.

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Avançar é possível! É possível levar a luta mais longe, dando mais força à CDU! – Jerónimo de Sousa

07 Quinta-feira Fev 2019

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Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP, no Encontro Nacional do PCP «Alternativa Patriótica e de Esquerda. Soluções para um Portugal com Futuro» – Matosinhos, 2 de Fevereiro de 2019

Estamos a encerrar os trabalhos do nosso Encontro Nacional. Uma produtiva e importante realização do nosso Partido de reflexão, debate, mas também de reafirmação de um amadurecido património há muito consolidado de análise e soluções para um Portugal com futuro.

Por esta tribuna estiveram presentes os reais problemas com que os portugueses e o País se confrontam, as causas internas e externas que bloqueiam o seu desenvolvimento. As causas do continuado declínio a que o País foi conduzido pela política de direita, dos persistentes atrasos acumulados em sectores chave por décadas dessa política de desastre nacional protagonizada por PS, PSD e CDS que fragilizaram e debilitaram o País e nele deixaram marcas negativas profundas que estão por superar.

Aqui e na confluência das análises aos principais sectores da vida nacional, inseparáveis da Conferência Nacional que recentemente realizámos e os aprofundou, se demonstrou que está por concretizar a política de que Portugal precisa para fazer face à dimensão e gravidade dos seus problemas e se comprovou que há no País soluções que exigem uma mudança de fundo na orientação política no governo, uma política alternativa coerente, em integral ruptura com a política e soluções do passado.

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Senhora Escadaria – Álvaro Couto

06 Quarta-feira Fev 2019

Posted by cduarouca in Arouca, Álvaro Couto, Sociedade

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Monumental Escadaria da Granja, Arouca – 01/2019

Senhora Escadaria, onde param tuas escadas?
Quantas são para cima?
Quantos passos são para baixo?

Esqueçamos os que sabem,
ao encostarem as pernas cansadas,
à capela que lá em cima se arrima.

Recordemos apenas os infelizes,
que nunca conhecerão essas pedras,
cheias de segredos, raios e raízes.

Não há nada melhor que uma escadaria,
para conhecermos a razão de ser e não ser,
quando levados somos, acima e abaixo, com engenharias.

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PCP condena o «reconhecimento» pelo Governo português do auto-proclamado «presidente interino» da Venezuela nomeado pela Administração Trump

05 Terça-feira Fev 2019

Posted by cduarouca in Internacional, PCP, Política, Portugal, Sociedade

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direito internacional, ONU, Venezuela

Avenida Bolívar em Caracas – foto: Aporrea-Agencias – 03/02/2019

O PCP condena o «reconhecimento» e apoio anunciado pelo Governo do PS, com o apoio do PSD e CDS, ao «presidente» fantoche nomeado pela Administração Trump para a Venezuela, que contou com o apoio imediato de Bolsonaro, numa intolerável afronta à soberania e independência da República Bolivariana da Venezuela, ao povo venezuelano, à Carta das Nações Unidas e ao Direito Internacional.

Desrespeitando a Constituição da República Portuguesa e ao arrepio dos interesses do País e do povo português, o Governo PS opta pelo apoio aberto à operação golpista contra a Venezuela, tornando-se assim co-responsável pela actual escalada de agressão levada a cabo pelos EUA, apoiada pela UE, e pelas suas graves e perigosas consequências para o povo venezuelano e a comunidade portuguesa que vive naquele país.

O PCP considera de extraordinária gravidade tal posição de seguidismo com a acção de ingerência contra a Venezuela, alinhada com os sectores mais agressivos, golpistas e reaccionários, responsáveis por outras agressões, como contra o Iraque, a Líbia ou a Síria.

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Defesa da Escola Pública, Conquistas e Reforço Eleitoral – Francisco Gonçalves

04 Segunda-feira Fev 2019

Posted by cduarouca in A Rede Escolar, Arouca, CDU Arouca, Educação, Francisco Gonçalves, Nacional, PCP, Política, Portugal, Propostas

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Intervenção de Francisco Gonçalves, Membro da Direcção da Organização Regional de Aveiro (DORAV), no Encontro Nacional do PCP «Alternativa Patriótica e de Esquerda. Soluções para um Portugal com Futuro» – Matosinhos, 2 de Fevereiro de 2019

Camaradas e amigos,

É sobre a defesa da Escola Pública, conquistas e reforço eleitoral que venho falar.

O ser humano aprende, do nascimento até  à morte,  e aprende nos mais diversos contextos. A questão é o que aprende e para quê. Para nós Educação é a formação integral do indivíduo, o desenvolvimento de todas as suas qualidades potenciais do ponto de vista físico, intelectual, moral e artístico, para uma intervenção activa e consciente na sociedade, visando  a sua transformação. Qualquer que seja o nível de Educação e  Ensino, o fito é sempre o mesmo, elevar a cultura integral de cada um. Uma Educação para todos, não uma Educação de primeira para elites e de segunda para  filhos de trabalhadores, ao sabor dos interesses do Mercado.

O instrumento que pode garantir o carácter integral e a democraticidade da Educação é a Escola Pública. Uma Escola Pública com recursos suficientes para cada um ter o apoio que necessita, para depois o levar, com disciplina e trabalho, ao pleno das suas capacidades.

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Trumpistas – Jorge Cadima

03 Domingo Fev 2019

Posted by cduarouca in Internacional, Política, Sociedade

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Venezuela

Trump quer escolher o Presidente da Venezuela. Os fascistas Bolsonaro e Netanyahu também. A comunicação social das mentiras de guerra ladra em coro. Governos de países da UE proclamam ser contra Trump e o ascenso da extrema-direita. Mas o que os separa de Trump são ‘oito dias’. O Governo PS, pela voz do MNE Santos Silva, não quer esperar tanto: o Presidente eleito e constitucional da Venezuela «tem de se ir embora». Não ficou saciado com a Líbia, Ucrânia, Síria, Iraque. O BE diz que «tem estado em contacto» com o Governo, cuja posição «é sensata». O PS diz que «este é o momento para responder à manifestação da vontade clara dos venezuelanos». Mas alguém pode negar que o momento foi escolhido por Trump? Até o Wall Street Journal (25.1.19) confessa: «O plano secreto do Governo Trump para dar apoio ao chefe da oposição Juan Guaidó foi previamente concebido e coordenado de forma estreita» durante várias semanas. A luz verde chegou na véspera da auto-proclamação do homem que o povo venezuelano não elegeu, através dum telefonema do Vice-Presidente Pence. «Vontade clara do povo da Venezuela»? Não: vontade clara do imperialismo esmagar um país e povo independentes e lançar mãos das maiores reservas petrolíferas comprovadas (24,9% do total mundial, segundo o Boletim Estatístico da OPEP, 2018), maiores que as da Arábia Saudita. Já começou o saque dos bens da Venezuela no estrangeiro.

Estamos perante uma tentativa de golpe, comandada de fora. Mais uma. É assim desde a eleição de Chávez em 1998. O problema não é ‘Maduro’, nem uma suposta ‘ditadura’. O problema é que o imperialismo não tolera países soberanos. A Arábia Saudita pode até esquartejar impunemente nos seus consulados, porque é um vassalo. Alguém acredita que Trump, Bolsonaro, Macrí ou Macron se preocupam com a democracia ou os povos?

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Cuidado com esta sigla: «NPL» – Miguel Viegas

02 Sábado Fev 2019

Posted by cduarouca in Miguel Viegas, Parlamento Europeu, PCP, Política, UE

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O crédito malparado, pomposamente intitulado de «exposições de mau desempenho» ou «non-performing loans» (NPL) resulta da combinação entre a financeirização da economia, a irresponsabilidade dos bancos na concessão de crédito e a recessão económica.

Mais de uma década após a eclosão da crise financeira de 2008, os balanços dos bancos continuam cheios destes«produtos tóxicos», ou seja, de empréstimos vencidos com fraca possibilidade de serem reembolsados. Sempre muito preocupada com a «saúde sistema financeiro», a União Europeia pretende obrigar os bancos a vender ao desbarato estes créditos. Neste momento, uma parte significativa deste crédito malparado já está nas mãos de fundos de investimento especializados na recuperação de créditos que não deixarão, no curto prazo, de cair em cima daqueles que, por infelicidade, deixaram de ter condições para poder pagar as suas dívidas. Não é por acaso que estes fundos são apelidados de «fundos abutres».

Na terminologia da União Europeia, o crédito é considerado malparado (ou NPL) quando o incumprimento ultrapassa os 90 dias. O crédito malparado aumenta com as crises económicas e pode mesmo explodir quando temos um sistema bancário concorrencial que não hesita em correr riscos acima do razoável para ganhar mercado. Em Portugal, as políticas do pacto de agressão provocaram uma recessão sem paralelo na nossa história recente, seja pela sua amplitude, seja pela sua duração. Milhares de trabalhadores perderam os seus empregos. Milhares de empresas faliram. Não é por acaso que os países intervencionados pela troika são aqueles que apresentam maiores níveis de crédito malparado. Em Portugal, estes NPL representam cerca de 12% do activos dos bancos, qualquer coisa como 30 mil milhões de euros.

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Venezuela: O que eles esquecem – Romain Migus

01 Sexta-feira Fev 2019

Posted by cduarouca in Internacional, PCP, Política, Sociedade

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Venezuela

O presidente francês, Emmanuel Macron, ordena a Nicolas Maduro que não reprima a oposição, MAS ESQUECE as 3 300 prisões e os 2 000 feridos ligados à repressão do movimento dos coletes amarelos.

O presidente do governo espanhol, Pedro Sanchez, dá oito dias a Nicolas Maduro para organizar eleições, MAS ESQUECE que não está no seu posto senão graças a uma moção de censura e não por eleições livres.

Portugal deplora a crise venezuelana que, segundo a ONU, empurrou 7,2% dos venezuelanos para os caminhos da emigração, MAS ESQUECE que 21% dos portugueses tiveram de abandonar seu país e vivem no estrangeiro, segundo as mesmas fontes.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusa Nicolas Maduro de não ser legítimo porque o presidente venezuelano foi eleito senão por 30,45% dos inscritos, MAS ESQUECE que apenas 27,20% dos eleitores estado-unidenses o escolheram.

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flagrantes – 2019

Jerónimo de Sousa em Arouca

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