O PCP reagiu a uma abjecta peça de anticomunismo, sustentada na mentira, calúnia e difamação, com base em critérios editoriais que a TVI parece ter adoptado de opção pela especulação e insulto gratuito e promoção da extrema-direita.
No dia 17, a TVI abriu o seu Jornal das 8 com uma peça envolvendo o PCP e o seu Secretário-geral, insinuando uma relação menos clara entre a Câmara Municipal de Loures e um familiar de Jerónimo de Sousa. Nesse mesmo dia, através do seu Gabinete de Imprensa, o Partido reagiu, repudiando o que considera ser uma «abjecta peça de anticomunismo sustentada na mentira, na calúnia e na difamação», que mostra «até que ponto pode chegar a mercenarização do papel jornalístico».
Evidentes ficaram os critérios editoriais da TVI, precisamente a mesma estação que ainda há poucos dias deu voz a um conhecido elemento da extrema-direita neonazi condenado por vários crimes (incluindo de sangue) motivados pelo racismo.
Contrastando com a normalização e suavização do fascismo, contra o PCP e o seu Secretário-geral a estação optou por uma «gratuita provocação», apresentando factos de forma truncada e retirando deles conclusões – ou pior, insinuações – abusivas. As declarações prestadas por Jerónimo de Sousa e Bernardino Soares (presidente da CM de Loures) foram cirurgicamente cortadas de modo a servirem o guião pré-definido.
Daí o Partido, na sua nota, denunciar o «nível rasteiro do ponto de vista deontológico» atingido pela referida reportagem.
Vamos, então, aos factos: a Câmara Municipal de Loures celebrou, nos últimos anos, contratos por ajuste directo e consulta prévia para tarefas como a manutenção e reparação de abrigos de paragem e a colocação de publicidade institucional; uma das entidades contratadas é a empresa de Jorge Bernardino; este empresário em nome individual é casado com a filha de Jerónimo de Sousa.
Tudo o resto são mentiras, insinuações e mistificações.