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A campanha contra a Venezuela bolivariana arremete de novo ferozmente. Agora com o miserável pretexto do não reconhecimento do mandato presidencial de Nicolás Maduro iniciado a 10 de Janeiro, depois do triunfo nas eleições de 20 de Maio com mais de 65 por cento dos votos. É claro que o tema Venezuela desapareceria sem rasto se, porventura, os EUA e o séquito de aliados-vassalos, do degradante ‘grupo de Lima’ à UE em crise, conseguissem finalmente impor um governo títere no país e Juan Guaidó – o presidente do parlamento em desobediência constitucional – fosse efectivamente o presidente da Venezuela, como o acaba de reconhecer o suprademocrático governo de Bolsonaro. Tudo voltaria à ‘normalidade’. O repto subversivo da revolução bolivariana cairia soterrado e o grande capital voltaria a ter mãos livres para sacar as fabulosas riquezas naturais do país sul-americano, entre as quais as maiores reservas conhecidas de petróleo do planeta. As pungentes preocupações humanitárias e os uivos e queixas em torno da pobreza e autoritarismo recolheriam ao manto de silêncio e esquecimento em que repousaram até à irrupção do movimento bolivariano e da figura de Chávez.
Quanto mais o imperialismo intensifica a guerra económica para infernizar a vida do povo venezuelano, mais a comunicação social dominante serve de caixa de ressonância da urgência ‘humanitária’ no país. Sem ponta de imparcialidade e equilíbrio informativo, a campanha em curso vira do avesso a realidade venezuelana.