A privatização da EDP e da REN, a liberalização dos preços, a par da introdução de complexos mecanismos ditos de compensação que asseguram superlucros às empresas electroprodutoras, assim como, o agravamento do IVA de 6% para 23% sobre a electricidade levado a cabo pelo anterior Governo PSD/CDS, traduziram-se num agravamento brutal dos custos da energia eléctrica, dos mais elevados na Europa, penalizadores das condições de vida do povo português e da competitividade da economia nacional.
O PCP sempre combateu esse rumo e nunca se conformou, nem com a perda de controlo público sobre o sector, nem com o contínuo agravamento das tarifas, nem com os lucros escandalosos que à sua conta foram alcançados. Foi nesse sentido que se bateu ao longo dos anos, incluindo na discussão sobre o Orçamento do Estado para 2019.
No seguimento da aprovação do Orçamento do Estado, o comunicado emitido pela ERSE, onde se confirma a descida do preço da electricidade para o próximo ano, designadamente com uma redução de 3,5% para todos os consumidores que se encontram na tarifa regulada – e não estando aqui contabilizada a redução do IVA de 23% para 6% na potência contratada dos contadores de 3,45KW – vem confirmar que é possível baixar o peso da factura da electricidade para as famílias e para as empresas, como o PCP há muito vem exigindo.