O Comité Central do PCP, reunido no dia 10 de Dezembro de 2018, debateu aspectos da situação internacional, apreciou a evolução da situação nacional, o desenvolvimento da luta dos trabalhadores e do povo, definiu linhas de iniciativa política, direcções de trabalho sobre as próximas batalhas políticas eleitorais, aprovou uma resolução sobre o 45.º aniversário da Revolução de Abril, apreciou o andamento das medidas para o reforço da organização e intervenção do Partido.
I – Alternativa patriótica e de esquerda. Por um Portugal com futuro
Portugal, os trabalhadores, e o povo português estão confrontados com opções decisivas quanto ao seu futuro.
Foi aprovado no fim de Novembro o último Orçamento do Estado de uma legislatura que permitiu não só interromper a intensificação da exploração e liquidação de direitos que PSD e CDS tinham em curso e projectavam ampliar, como assegurar a reposição e avanços nos direitos dos trabalhadores e do povo. Com a intervenção decisiva do PCP e a luta dos trabalhadores abriu-se uma nova fase da vida política nacional que derrotou a ideia de que ao País apenas restava o caminho de empobrecimento.
A reposição, defesa e conquista de direitos, afirmou-se como um factor de crescimento económico e criação de emprego. Tem particular significado a comprovação de que a resposta aos problemas nacionais e ao desenvolvimento do País são inseparáveis da elevação das condições de vida dos trabalhadores e do povo.
Confirmou-se igualmente que o caminho verdadeiramente alternativo para resgatar o País da dependência e para libertar recursos para o seu desenvolvimento é inseparável da ruptura com as opções que têm comandado a política de direita que PS, PSD e CDS têm realizado. Um caminho verdadeiramente alternativo que tem sido bloqueado pelas opções de classe do governo do PS em convergência com PSD e CDS ao serviço dos interesses do grande capital e de submissão ao Euro e às imposições da União Europeia. Um caminho que os interesses dominantes procuram dificultar recorrendo ao branqueamento dos partidos responsáveis pela política de direita e a reinventados protagonistas, que vêem no populismo e concepções reacionárias o instrumento para ocultar propósitos de agravamento da exploração e desviar das soluções consequentes que a situação do País reclama.
Sem prejuízo da necessária resposta a problemas mais imediatos, emerge hoje, com indisfarçável nitidez, que a questão crucial colocada aos trabalhadores e ao povo para se alcançar um futuro de progresso e justiça social e de desenvolvimento soberano é o da concretização de uma política patriótica e de esquerda e da alternativa política capaz de a assegurar. Objectivos inseparáveis do reforço do PCP, articulado com a luta dos trabalhadores e a convergência dos democratas e patriotas.
Está nas mãos dos trabalhadores e do povo português, da sua acção, da sua luta e do seu voto, a decisão de romper com a política de direita e construir um Portugal com futuro.