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Intervenção de Jerónimo de Sousa na Assembleia da República – 29 de Novembro
Senhor Presidente
Senhores Deputados,
Senhores membros do Governo,
Votamos hoje o último Orçamento do Estado de uma legislatura que permitiu inverter a intensificação de exploração e liquidação de direitos que PSD e CDS tinham em curso e projectavam ampliar.
Não foram só estes dois partidos que foram derrotados. Com eles foi desmentida a ideia de que ao País apenas restava o caminho do empobrecimento dos trabalhadores e do povo. Derrotados também os que convocaram todos os demónios das opções únicas. Os que pressionaram, chantagearam a partir de fora mas também de dentro sobre cada medida de inversão do caminho do empobrecimento. Os que fizeram da intriga, da amalgamação de tudo, para tudo confundir e para que tudo ficasse como antes planeavam.
Aliás, foi ver PSD e CDS no debate deste Orçamento a exercitar a sua demagogia, a propor mundos e fundos que no passado recente negaram na esperança vã de que os mais distraídos se esqueçam do que representam.
Um exercício pouco consistente, até porque em momentos decisivos deste debate PSD e CDS foram a mão protectora do Governo, da sua fixação numa trajectória do défice que voltou a não permitir os níveis de financiamento e de investimento que o País precisa. Quando foi preciso, lá estiveram PSD e CDS a dar o jeito ao Governo.
Defender, repor e conquistar direitos afirmou-se como um factor de crescimento económico e elevação das condições de vida. Limitado e insuficiente, é certo, porque a resposta aos problemas que o País enfrenta não é compatível com os constrangimentos que o governo do PS impõe a partir das suas opções e compromissos com o grande capital, o Euro e a União Europeia.