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Manuela D’Ávila e Fernando Haddad
Derrotados os planos da direita de uma vitória da candidatura de Bolsonaro no dia 7 de Outubro, a segunda volta das eleições presidenciais no Brasil – para além do desenlace de outros actos eleitorais ao nível estadual e federal – coloca aos comunistas e às outras forças progressistas e democráticas brasileiras um exigente e muito importante desafio, cujo desfecho terá profundas repercussões para o povo brasileiro, mas também, e num segundo plano, para os povos da América Latina.
Numa situação de profunda crise económica, social e política, em que foi promovida uma metódica instrumentalização e descrédito das instituições democráticas, a insegurança, a ameaça e o medo, pela qual são responsáveis as forças e interesses que executaram o golpe em 2016, estão em confronto na imediata disputa das eleições presidenciais brasileiras – que expressam a agudização da luta de classes neste país – as forças que protagonizam um Brasil de progresso social, democrático, soberano e as forças do retrocesso social, anti-democráticas e anti-patrióticas que se agregam actualmente em torno de um candidato que se assume como herdeiro da ditadura fascista no Brasil.