Por que se tornou o avanço de forças de extrema direita e do próprio fascismo uma questão central da vida internacional?
O fascismo é uma criação do capitalismo para intensificar a exploração e salvar o sistema. É a expressão mais terrorista do poder monopolista. O que está a suceder é precisamente aquilo para que o PCP vem de há muito alertando: os sectores mais reaccionários e agressivos da classe dominante jogam cada vez mais no fascismo e na guerra como «saída» para o aprofundamento da crise estrutural do capitalismo. Essa a principal razão para que, com expressões muito diversas, o fascismo esteja a espreitar e a espalhar-se no mundo, da Ucrânia ao Brasil, dos EUA a Israel, de países da União Europeia às mais diversas ditaduras impostas a ferro e fogo pelo imperialismo. É cada vez mais evidente que o fascismo conta com fortíssimas cumplicidades a nível do Estado, onde aliás, como acontece com a administração Trump, já têm inquietante expressão. E o seu crescimento seria impossível sem um tratamento mediático esquizofrénico que tanto esconde como exagera graves manifestações de natureza reaccionária e fascizante, num comportamento ideológico que tende a banalizar o fenómeno em lugar de o combater. A verdade é que a extrema-direita e forças fascistas ocupam já fortes posições em Parlamentos e em governos de vários países da Europa.