O Presidente do Parlamento ucraniano, Andrei Parubi, declarou no canal de televisão ICTV que «o maior homem que praticou a democracia directa foi Adolf [Hitler], nos anos 30» (RT, 6.9.18). Milhões de ucranianos ouviram a declaração. Mas ‘o Ocidente’ censurou a notícia. Esconde que o golpe de Estado de 2014 em Kiev, abertamente promovido pelo ‘liberal-democrático Ocidente’ e peça central da campanha anti-russa que coloca o planeta à beira duma catástrofe, levou fascistas aos mais altos cargos do poder de Estado ucraniano. Fascistas que glorificam quem colaborou com Hitler e massacrou milhões de pessoas. Fascistas que, logo após o golpe de 2014, massacraram (até queimando vivos) dezenas de indefesos manifestantes na Casa dos Sindicatos de Odessa. Fascistas que responderam à resistência da população do Donbass pela guerra. Fascistas que hoje perseguem e tentam ilegalizar o Partido Comunista da Ucrânia.
Forças de extrema-direita crescem de forma preocupante no mundo. Mas as mais violentas e abertamente fascistas chegaram ao poder na Ucrânia, pela mão dos EUA (de Obama e Hillary Clinton) e da União Europeia. Não é novidade que Parubi seja um fascista. Em 1991 fundou um partido político cujo símbolo e nome (Social-Nacional) eram pequenas variações dos do partido de Hitler. Parubi foi publicamente acusado, num documentário transmitido pela TV italiana Canale 5 em Novembro de 2017, de ser um dos responsáveis pelo massacre da Praça Maidan, pretexto imediato para o assalto ao poder em Kiev. Nesse documentário, três georgianos relatam como foram recrutados para, sob o comando dum norte-americano, disparar sobre manifestantes anti-governamentais a partir dum hotel controlado pelas forças leais a Parubi. (documentário: parte1, parte2) As alegações de que o massacre da Maidan foi uma monumental provocação vêm ao encontro da convicção expressa pelo então ministro dos Negócios Estrangeiros da Estónia num telefonema à chefe da política externa da União Europeia, Catherine Ashton, telefonema interceptado e divulgado na Internet (RT, 5.3.14), mas ignorado e escondido.