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O estudo «Igualdade de Género ao longo da vida», coordenado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos e divulgado esta segunda-feira pela agência Lusa comprova que as mulheres são discriminadas em toda a Europa e que esta realidade é particularmente acentuada em Portugal.
De acordo com os dados apurados, apesar de as mulheres serem, em média, mais escolarizadas do que os homens, a sua entrada no mercado de trabalho faz-se em desvantagem, traduzida em salários mais baixos e empregos mais precários, a que acresce a acumulação das horas de trabalho doméstico ou de assistência à família.
«As mães portuguesas são as que mais trabalham na Europa», afirmou a coordenadora do estudo, Anália Torres, que em entrevista ao Jornal Económico sublinhou o facto de não obstante Portugal ter uma taxa de mulheres a participar em cursos tradicionalmente masculinos muito mais alta do que em muitos países do Norte da Europa, como é o caso dos cursos de engenharia, e uma percentagem de mulheres em cursos científicos muito maior do que em outros países europeus, a diferença salarial ser «brutal».