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Já não sei o que vale o trabalho
quando já nem se respeita um contrato,
o patrão o rasga e o trabalhador vira então escravo:
Só dá pouco valor ao trabalho, quem não vale mesmo um cara***!
Ei-lo, assim, preso das fúrias de Medeia!
Assim fugiu de Circe o grego Ulisses,
assim fugiu de Dido o pio Eneias,
que é neste desassossego que começa a chatice.
A sociedade actual
chama ao trabalho “capital” e à democracia “liberal” . . .
Verbos sem predicado nem sujeito, tanto na Oikos como na Polis . . .
Mas o trabalho é, mesmo num mundo alterável,
uma cristalina força que vive estável.
Tu, trabalho, não és verbo, és raiz!