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acumulação capitalista, Banco de Portugal, Central de Balanços do Banco de Portugal, custos com pessoal, empresas portuguesas, estrutura de custos operacionais, força de trabalho, gastos com o pessoal, mais-valia, Repartição do Rendimento, trabalho
Fala-se em reposição de rendimentos e o patronato ameaça com o papão. Afinal, as despesas com pessoal não passam de 1/6 (14%) dos custos das empresas. A recusa dos patrões tem uma razão de fundo.

desigualdade
Agora que alguns invocam os papões do desequilíbrio externo, do défice e da dívida, sempre que se fala nos passos que lentamente, muito lentamente, vão sendo dados na reposição de rendimentos e direitos dos trabalhadores, vale a pena olharmos para a estrutura de custos das Empresas Portuguesas.
Para tal recorremos à Informação Empresarial Simplificada (IES) recolhida e tratada pela Central de Balanços do Banco de Portugal e que as Empresas Não Financeiras em Portugal têm que entregar até 15 de Julho do ano seguinte ao da referência dos dados. Apenas as Empresas em Nome Individual, as Actividades Financeiras e a Administração Pública estão excluídas deste tratamento estatístico.
Estrutura de custos operacionais em 2016
Ora em 2016 o universo destas Empresas Não Financeiras, constituído por cerca de 418 mil empresas, apresentava uma estrutura de custos operacionais – custos das mercadorias vendidas e matérias consumidas, fornecimentos e serviços externos (custos com energia, transportes e telecomunicações), custos financeiros, amortizações e gastos com pessoal – com a seguinte distribuição, de acordo com a dimensão das empresas:
Nas micro-empresas, empresas com menos de 10 trabalhadores, os custos das mercadorias vendidas e matérias consumidas representavam 45,9% do total dos custos operacionais, os fornecimentos e serviços externos 25,1%, os juros e amortizações 6,0% e os gastos com pessoal 16%;