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“Quando os assuntos internacionais vão a votos (ou não) no Parlamento, os media dominantes parecem regressar ao passado: sempre a favor dos norte-americanos e contra os russos.” Esta paráfrase da epígrafe do artigo de Gustavo Sampaio, de O Jornal Económico de 28ABR17, sob o título “A política externa do PCP ficou congelada no tempo da Guerra Fria?” tem a simetria perfeita, de quem se olha ao espelho.
O seu fio-de-prumo, é o imperialismo norte-americano. Onde os EUA deitam bombas, antes ou depois de Trump, é sempre um país que estava mesmo a pedi-las. O que eles dizem no Conselho de Segurança é a verdade, mesmo quando se trate de uma mentira provocatória, como a das “armas de destruição massiva” do Iraque. Ou do “incidente do golfo de Tonkim” que justificou a agressão ao Vietname, ou das invenções de massacres que justificaram o bombardeamento da Sérvia/Jugoslávia… Ou do ataque com gás na Síria para justificar os mísseis de Trump. Aliás, quem se opõe aos EUA sempre merece bombas…
No contraponto, a Rússia é um “regime autoritário desafiante de Washington na esfera internacional”, o que por definição (da onda mediática dominante) não pode ser…Tem de ser colaborante, submissa e cúmplice de quantas atrocidades os EUA cometam. Como foi a Rússia de Ieltsin…