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Os últimos 16 anos foram para Portugal de estagnação, em grande parte devido aos constrangimentos decorrentes da adesão à zona Euro. Ao longo deste período, em consequência do fraco crescimento da economia e dos sucessivos défices, a dívida pública foi aumentando permanentemente, em particular a partir de 2011 com as políticas de austeridade que levaram ao aprofundamento da recessão e ao aumento acelerado da dívida.
Entre 2011 e 2015, o objetivo declarado da política governamental foi o da redução da dívida pública e serviu de justificação para a pesada austeridade que tudo sacrificou: o crescimento económico, o emprego, os direitos laborais, as empresas estratégicas que deviam e devem integrar o sector público, as funções sociais do Estado, o nível de vida dos cidadãos, o futuro das novas gerações.
A verdade é que nem assim esse objetivo foi atingido. Antes pelo contrário, a dívida pública aumentou aceleradamente mostrando, para além do erro das políticas seguidas, que a dimensão que a dívida atingiu a torna insustentável. E em 2016 a dívida continuou a aumentar fortemente (até Novembro, mais 10 mil milhões).