No plano internacional vive-se momentos de grande complexidade e de muita incerteza de que, certamente, a tomada de posse do novo presidente dos EUA, Donald Trump, é um sintoma, sublinhando-se, no entanto, que o peso maior está na contínua corrida aos armamentos, designadamente na Europa, onde chegaram mais tropas e material bélico norte-americano, embora, por outro lado, sejam também visíveis alguns progressos na luta dos povos contra as ingerências e guerras, mas mantém-se o drama humano dos deslocados e refugiados e o agravamento das desigualdades sociais e económicas.
Na sequência das decisões da cimeira da NATO, em Varsóvia, no passado mês de Julho, está em marcha a corrida aos armamentos, de que é exemplo a estratégia de reforço às unidades militares integradas na NATO, tendo chegado à Polónia, poucos dias antes da saída de Barack Obama da presidência, um grande contingente de tropas e de blindados norte-americanos, considerado por analistas militares como uma das maiores mobilizações de forças dos EUA na Europa desde o fim da Guerra Fria, o que, naturalmente, originou protestos da Federação Russa, que considera esta situação uma provocação. Registe-se que esta brigada de milhares de soldados e material de guerra vai reforçar o que já existe noutros países vizinhos da Federação Russa e circular na região, incluindo, designadamente, Lituânia, Letónia, Estónia, Hungria Roménia e Bulgária. Mas este reforço tem sido acompanhado também do reforço do arsenal nuclear e do chamado escudo anti-míssil, o que agrava o clima de tensão na região.