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2017 inicia-se com um Orçamento do Estado que contou com o voto favorável do PCP. Para trás fica um ano marcado por uma situação complexa e contraditória no plano nacional. Por um lado, o quadro geral da crise do capitalismo, as consequências duradouras de décadas de política de direita e de reconstituição monopolista e as limitações decorrentes da submissão ao Euro e à UE; por outro, as possibilidades abertas pela derrota estrondosa do PSD e CDS, com o seu afastamento do poder e a entrada em função de um governo minoritário do PS, embora condicionado pela actual correlação de forças na Assembleia da República. Um ano onde se tornou ainda mais claro, para o presente e para o futuro, o papel decisivo da luta de massas e da intervenção do PCP na reposição, defesa e conquista de direitos e rendimentos.
As possibilidades e os limites da actual situação política marcam o Orçamento que foi aprovado e projectam-se para diante num caminho cada vez mais estreito, ou não fosse também cada vez mais evidente a urgência de uma política alternativa patriótica e de esquerda que responda aos objectivos de desenvolvimento e soberania nacional.
A vida nos dirá até onde será possível ir no futuro, com a certeza de que o PCP será tão sério e determinado na resposta aos problemas mais imediatos e urgentes, como na exigência de ruptura com décadas de política de direita praticada pelo PS, PSD e CDS e que é contrária aos interesses do povo e da pátria.