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1. A ciência económica nasceu com o capitalismo, como «ciência da burguesia».
Libertos dos vínculos feudais, os trabalhadores passam a poder dispor livremente da sua força de trabalho (que então surge como mercadoria autónoma), através de contratos teoricamente celebrados entre indivíduos livres e iguais em direitos. No quadro das novas relações sociais de produção, o capitalista adquire no mercado os meios de produção (incluindo a força de trabalho) e desencadeia o processo produtivo com o objectivo de obter lucros e de transformar uma parte deles, através do processo de acumulação do capital, em meios de produção adicionais e estes em maior quantidade de bens produzidos, destinados à venda no mercado com fins lucrativos.
Com o advento do capitalismo, as relações de troca passaram a reflectir as relações de produção e a ser determinadas por elas: as mercadorias trocam-se no mercado umas pelas outras tendo em conta os seus custos reais de produção, aspecto que transparece com clareza em Adam Smith, que fez da Economia Política, essencialmente, uma teoria da produção e do crescimento económico.