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O processo de integração capitalista na União Europeia é um processo de crescente e permanente confronto com os interesses nacionais e a Constituição. Cada passo em frente no mercado comum, na política agrícola, na política de pescas, na política monetária, orçamental ou bancária, é um passo atrás nas condições de vida dos trabalhadores e do povo. É esse confronto, entre os interesses das grandes potencias e os interesses nacionais, entre as necessidades do grande capital e os direitos dos trabalhadores e do povo português, é esse confronto que está presente quando falamos da permanência de Portugal na zona euro.
A evidência de um país que, desde a adesão ao euro, praticamente não cresceu e multiplicou o desemprego, na verdade dos que menos cresceu no mundo, mas que simultaneamente adquiriu das maiores dívidas pública e externa do mundo, abre mais os olhos à população, do que todas as fundamentadas denúncias que se poderiam aqui fazer sobre as consequências da adesão à moeda única.