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Um país endividado, sob permanente pressão, tutela e chantagem das instituições europeias, um país que não dispõe de política monetária, cambial e cada vez menos orçamental; um país em que boa parte das empresas básicas ou estratégicas e o sector financeiro é dominado pelo estrangeiro esse país pode ser formalmente independente, mas a sua soberania é extremamente limitada.
Esta é uma questão central. O garrote da dívida tem sido temporariamente aliviado pela política do Banco Central Europeu de injecção de liquidez no sistema financeiro e taxas de juros baixas. Mas não deixa de ser um garrote a asfixiar a nossa economia com as taxas de juro permanentemente sujeitas a especulação, como se tem visto. Os mercados. Isto é, os bancos, companhias de seguros, fundos de aplicações financeiras, aproveitam para especular sendo a factura depois endossada aos mesmos de sempre. Tendo perdido a soberania monetária estamos nas mãos dos mercados e dependentes do BCE órgão não eleito que através da sua efectiva correia de transmissão a agência canadiana DBRS, pode decretar a nossa divida como lixo e vir a suspender o financiamento ao sistema financeiro.