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Em vez de olhar para o tema do texto, deambular pelas impossibilidades e limitações que o marcam e rematar com uma luz de esperança, uma possibilidade, vou seguir o caminho inverso.
A renegociação da dívida e a libertação da submissão às regras da União Europeia possibilitariam a canalização de recursos para que o investimento público nacional existisse de facto e não ficássemos limitados aos fundos europeus.
A solução de governo existente (que tem vindo a repor, pouco a pouco, o que o governo anterior tirou) passou de impossível a concreta e mostra que em política, afinal, são as circunstâncias e a correlação de forças que determinam o grau de concretização de uma possibilidade.
Um dos limites desta solução de governo está precisamente na inexistência de investimento público nacional, uma vez que os recursos são canalizados para outras opções políticas, os exorbitantes montantes anuais dos custos da dívida pública e o respeito por valores de défice ditados pela Comissão Europeia: é necessário um défice de 1,6% em 2017 quando até os limites dos Tratados apontam para 3% e muitos países nem isso cumprem?