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À custa daquele que será o maior tempo de antena da história, muitos dos que votaram no “falso génio da economia”, ameaçam agora votar no “falso génio da política”.
É quase um lugar-comum o facto de não haver pé de igualdade entre candidatos e candidaturas aos principais órgãos políticos do país. Sabemos muito bem que a formação da opinião pública, e consequentemente do voto, ainda depende – e muito – do que é veiculado e “como” é veiculado pelos órgãos de comunicação social. A direita, melhor do que ninguém, sabe que assim é, e não tenhamos dúvidas de que, nos dias que correm, tão importante como escolher deputados e ministros é escolher e mover influências para ter determinados comentadores “a entrar” todos os dias nas casas dos portugueses. Faz parte da estratégia que vai enganando e “controlando” muito boa gente neste país. Faz parte das razões que trouxeram o país para o pântano em que se encontra metido.
Vejamos com atenção o caso de Marcelo Rebelo de Sousa e da sua candidatura à presidência da república. Quem estiver minimamente atento ao que Marcelo diz pela boca fora, e se se propuser olhar em retrospectiva, com algum afinco, para a errância da sua trajectória política, constatará que a imagem real de Rebelo de Sousa está longe, muito longe, de corresponder ao que se foi “cultivando” ao longo dos últimos anos. A oratória arranjada e a fluência de discurso são a aparência; a prática político-partidária é a substância. Que diferença existe entre uma e outra? A oratória é um mérito; a prática política o espelho da inabilidade.
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