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Segundo dados das Nações Unidas, em 2005, existiam 191 milhões de migrantes internacionais1, número que subiu para 232 milhões em 2013. De acordo com as últimas estatísticas da Agência da ONU para os refugiados (ACNUR), actualmente o número de «migrantes forçados» em todo o mundo ultrapassa os 500 milhões e não cessa de aumentar. De sublinhar que os considerados «migrantes forçados» são aqueles que cabem no conceito de refugiado definido na Convenção de Refugiados de 1951, segundo o qual um refugiado é uma pessoa que «temendo ser perseguida por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas, se encontra fora do país de sua nacionalidade e que não pode ou, em virtude desse temor, não quer valer-se da proteção desse país». O que imediatamente nos faz questionar se aqueles que são obrigados a sair do seu país de origem por não terem condições de sustento económico, aqueles que fogem da miséria devido, por exemplo, ao desemprego ou às alterações climáticas, não se deveriam também enquadrar no grupo dos que migraram de forma forçada e não voluntária. Ainda assim, e mesmo cingindo-nos ao conceito de refugiados, assistimos hoje a um fluxo de refugiados maior do que aquele que existiu durante a Segunda Guerra Mundial. Continuar a ler