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Como se fazem as coisas
Veja-se como se fazem as coisas. Na semana passada houve um evento patrocinado pelo Governo, uma conferência de imprensa “destinada a apresentar as conclusões de uma reunião com os organizadores da conferência mundial de tecnologias de informação WebSummit, no âmbito da candidatura de Portugal para acolher o evento nos próximos anos.” Tudo boas intenções.
Foi Paulo Portas a fazer a conferência e preveniu alguns jornalistas amigos de que iria falar da revisão das contas dos economistas do PS, que incluíam a previsão de que, segundo o modelo do PS, poderia haver uma recuperação de 207.000 empregos até ao final da próxima legislatura. (Alguém explica ao PS que não pode deixar os seus economistas à solta, tão técnicos e apolíticos ao ponto de não saberem que um partido que tem no seu passado cartazes prometendo 150.000 empregos, não pode falar assim…)
Com tão prometedor anúncio por Portas, num evento a que ninguém iria se não fosse a “dica”, estava uma multidão de jornalistas e havia directos televisivos à sua espera. De facto, obter publicidade para o que era uma sessão de propaganda do PAF, não é muito difícil. Que ela seja feita com dinheiros públicos, que pagaram a conferência de imprensa feita pelo Governo, mas na realidade uma sessão de propaganda da coligação, também já ninguém liga.
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