Valeu a pena? Valeram a pena estes artigos, comentários, opiniões, textos, canções, fotos, desenhos? Ficou o mundo melhor que antes? E Arouca como ficou? Era isto que esperavam os camaradas e amigos da CDU? Satisfeitos nós com o trabalho? Responder “sim” a todas estas perguntas, ou mesmo a só algumas delas, seria a demonstração clara de uma cegueira mental sem desculpa. E responder com um “não” sem excepções, que poderia ser? Excesso de modéstia? De resignação? Ou apenas a consciência de que qualquer obra humana não passa de uma pálida sombra da obra antes sonhada?
Não será preciso dizer que as 100.000 visitas deste blog não falam. Não sei se, este número, é muito ou muito pouco. Sei é que estes visitantes clicam, mas não falam. Também o que este blog mostrou ao longo de seis anos não contêm mais palavras nem mais eloquentes conteúdos que os que puderam ser lançados, precisamente esses a quem se possa talvez pedir, apenas murmurando: “Falem, por favor, digam-me o que são, para que serviram, se para algo foi”. Mas também os conteúdos se calam, não respondem. Que fazer então? Interrogar as palavras é o destino de quem escreve e, sobretudo, de quem lê. Porém, nem eu, nem eles temos respostas, só constatamos perguntas.
O melhor será, por exclusão de partes, interrogar ao principal impulsionador e responsável deste blog – o Ataíde. Foi ele que, há seis anos fazendo “uma aposta no futuro”, pôs a CDU/Arouca na página infinita da Internet. Seria aqui, a bem dizer, que “ nos assemelhávamos a todos”. Que isto era “o mais parecido com o poder dos cidadãos”. Que passávamos a ser “mais companheiros” quando comunicamos com todos. Afinal, aqui e agora, Ataíde demonstrou-nos, sério e responsavelmente, que tudo isso era possível. Não sei se este blog é ou não um espaço tipicamente partidário. Sei que o sinto igual à democracia da pura comunicação e do comunismo de uma autêntica comunidade. Seguramente, blog comprometido. Intencionalmente, comunicação irreverente. Politicamente, comunidade por inteiro. E o mais que seja. Continuar a ler →