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CDU Arouca

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Monthly Archives: Julho 2015

Compromissos candidatos CDU do Distrito de Aveiro para as Eleições à Assembleia da República 2015

31 Sexta-feira Jul 2015

Posted by cduarouca in Arouca, CDU Arouca, Francisco Gonçalves, Legislativas 2015, Nacional, PCP, Política, Portugal, Sociedade

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Aveiro, deputados, Distrito, eleições

Por mais que o Governo procure mistificar e esconder os elementos mais agressivos da sua política, ou atenuar os seus impactos, não existe um verdadeiro processo de recuperação e relançamento da economia – que continua num círculo vicioso de recessão-estagnação, apesar de uma conjuntura externa favorável -, nem tão pouco de inversão da mais brutal regressão social que atingiu o país desde o regime fascista

A real evolução da situação económica fica clara: no crescimento anémico do PIB, que se mantém ao nível de 2001; numa dívida pública que a cosmética dos pagamentos antecipados, contraindo mais dívida para o efeito, não alterou, mantendo-se o seu carácter insustentável e que atinge 130% do PIB e um encargo de 60 mil milhões de Euros de juros entre 2014 e 2020; numa produção nacional em retrocesso, devido à desindustrialização, à implosão da construção civil e a novos constrangimentos na agricultura e nas pescas, sendo significativo que a quantidade de pescado desembarcado pela frota nacional em 2014 tenha sido o mais baixo desde que há estatísticas; num investimento que caiu para cerca de metade em cinco anos e que não se pode confundir com os capitais estrangeiros que circulam nas privatizações; numa balança externa sem alterações sustentáveis, em que qualquer avanço das exportações é anulado pelas importações; num mercado interno que, com oscilações, continua em paralisia.

Não renegociar a dívida e manter a submissão do país aos ditames da União Europeia e da moeda única implica prolongar por décadas a política de exploração e empobrecimento e de desastre nacional. PSD, CDS e PS são os grandes responsáveis por esta situação, cujos contornos no plano social e económico são de grande gravidade, mas que tenderão a agravar-se dramaticamente em virtude da destruição do aparelho produtivo, da emigração de meio milhão de portugueses (dos quais, muitos jovens), do desbaratar de empresas e sectores estratégicos através da privatização, do compadrio à fuga de capitais, do sucessivo alívio fiscal às grandes fortunas e grandes grupos económicos, da mais servil submissão aos desmandos da banca privada e grupos monopolistas – cuja regulação é meramente ficcional, como evidenciado no caso BES/GES .

O que faz falta ao País é uma política alternativa que, partindo da renegociação da dívida, devolva salários, pensões, prestações sociais e confira ao Estado os instrumentos necessários para concretizar uma política de investimento público e modernização do País, para responder às necessidades que se colocam no presente. É preciso combater e resolver os problemas que estiveram na origem do galopante endividamento público, nomeadamente a desindustrialização, a desvalorização da agricultura e das pescas, o abandono do aparelho produtivo, as privatizações, a financeirização da economia e a especulação financeira, a submissão às imposições da União Europeia e dos monopólios ou à perda de soberania monetária.

Situação do distrito de Aveiro

O Distrito de Aveiro tem uma população de 714.200 habitantes (6,8% do total do País), uma área de 2.801,02 Km2 (3% da área do País), uma densidade populacional de 255 habitantes/m2 (2,2% mais denso que o país). Integra 19 municípios: o mais populoso é Santa Maria da Feira, o mais denso S. João da Madeira, o menos populoso é Murtosa e o menos denso é Arouca.

Neste distrito, com um conjunto muito rico de potencialidades, que ocupa 3% do território português e com concelhos de características muito diversas (rurais mais no interior, industrializados, sobretudo no litoral), é possível aplicar o que se passa em geral no País: a persistência e mesmo o agravamento das assimetrias e desigualdades entre as suas diferentes regiões que estão a aumentar, não só como consequência de uma política de austeridade recessiva e injusta que está atingir principalmente as classes médias e baixas da população e, nomeadamente, as populações das regiões mais desfavorecidas, mas também está a causar a multiplicação de falências de empresas que lançam no desemprego milhares de trabalhadores em regiões onde não há praticamente criação de emprego, e as desigualdades regionais estão a aumentar também devido ao fecho de muitos serviços públicos (centros de saúde e serviços hospitalares, escolas, tribunais, serviços de finanças, correios, etc.), algo a que acresce as discrepâncias do poder de compra entre os 19 concelhos.

Segundo os dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de risco de pobreza ou exclusão social ronda os 27,5%. Estamos perante quase 3 milhões de pessoas na pobreza ou em risco de pobreza, das quais cerca de 300 mil são crianças. Hoje empobrece-se a trabalhar: constata-se que o rendimento do salário, em inúmeras situações, não é suficiente para fazer face ao custo de vida, o mesmo se passando com as pensões e reformas que, após uma vida de trabalho e descontos, são brutalmente cortadas e insuficientes para as despesas. No entanto, a situação de desemprego não deixa de ser um forte indicador e causa da pobreza. Continuar a ler →

#1 Os Artistas da Festa do «Avante!» 2015

31 Sexta-feira Jul 2015

Posted by cduarouca in Festa do Avante

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festa do avante 2015

A ilusão da redução do desemprego em Portugal – Eugénio Rosa

31 Sexta-feira Jul 2015

Posted by cduarouca in Eugénio Rosa, Política, Portugal, Sociedade, Trabalhadores

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– 509.400 desempregados não são considerados no desemprego oficial divulgado pelo INE

No estudo anterior , utilizando os dados oficiais do desemprego registado divulgados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) na sua publicação ” Informação mensal do mercado de emprego” , mostramos que esses dados não dão, contrariamente ao que o governo e os seus defensores nos media pretendem fazer crer, uma informação rigorosa sobre a dimensão do desemprego e sobre a redução do desemprego.

Em 1 de Janeiro de 2015, de acordo com a “Informação mensal do mercado de emprego” do IEFP, estavam inscritos nos Centros de Emprego de todo o país 598.581 desempregados. Entre 1 de Janeiro e 30 de Junho de 2015, inscreveram nos Centros de Emprego mais 340.733 novos desempregados, e durante este mesmo período (6 meses) os Centro de Emprego arranjaram trabalho (colocaram) apenas 64.565 desempregados. Fazendo as contas deviam existir, no fim do mês de Junho de 2015, 874.749 desempregados (598.581 + 340.733 – 64.565 = 874.749) inscritos nos Centros de Emprego. No entanto, segundo a “Informação mensal do mercado de emprego” de Junho de 2015, estavam inscritos nos Centros de Emprego, no fim de Junho de 2015, apenas 536.656 desempregados. Isto significa que desapareceram dos ficheiros dos Centros de Emprego 338.093 desempregados durante o 1º semestre de 2015. E nem o IEFP nem o Ministério da Solidariedade e da Segurança Social, que tutela aquele Instituto, deram qualquer explicação para a limpeza de 338.093 desempregados (apagão) dos ficheiros dos Centros de Emprego. É evidente que os dados do chamado desemprego registado do IEFP, utilizados pelo governo para enganar a opinião pública fazendo crer que o desemprego está a diminuir, não traduzem com rigor a realidade do desemprego.

509 MIL DESEMPREGADOS NÃO SÃO CONSIDERADOS NO DESEMPREGO OFICIAL

Analisemos agora as limitações dos dados sobre o desemprego divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Estes já não se limitam ao desemprego registado, ou seja, não estão dependentes do facto do desempregado se ter inscrito nos Centros de Emprego e, consequentemente, se não se inscrever não é considerado. O desemprego do INE é já estimado com base num inquérito feito a uma amostra que se pretende que seja representativa da população portuguesa e, por isso, que dê uma informação rigorosa sobre o desemprego total em Portugal. Mas como vamos provar, utilizando dados do próprio INE, isso não corresponde à verdade. Para isso observe-se o quadro 1.

Quadro 1- Desemprego oficial e desempregados não considerados nos números do desemprego oficial
do INE (em milhares) no governo de Passos Coelho e Portas

desemprego_30jul15_1

 

Como revelam os dados do quadro anterior, o desemprego oficial divulgado pelo INE que, no 2º Trimestre de 2011 data em que o governo PSD/CDS entrou em funções, era de 675.000 cresceu rapidamente tendo atingido 952.200 no 1º Trim.2013, registando uma diminuição a partir desse data, sendo 688.900 no 3º Trimestre de 2013, para novamente aumentar, invertendo a descida que se estava a verificar, alcançando, no final do 1º Trimestre de 2011, 970.600. No entanto, esta redução no desemprego oficial é ilusória. Continuar a ler →

Festa do Avante 2015

29 Quarta-feira Jul 2015

Posted by cduarouca in Arouca, Festa do Avante, PCP

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Arouca, bilhetes, compra antecipada, EP

avante2015

25 Medidas Urgentes

28 Terça-feira Jul 2015

Posted by cduarouca in CDU Arouca, Legislativas 2015, PCP, PEV, Propostas

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2015, CDU, legislativas, medidas urgentes

  1. Aumento do Salário Mínimo Nacional para €600,00 no início de 2016.
  2. Reposição imediata e integral de vencimentos, subsídios, pensões e complementos retirados aos trabalhadores da Administração Pública e do Sector Empresarial do Estado.
  3. Alargamento dos critérios de acesso e prolongamento do período de atribuição do subsídio de desemprego e do subsidio social de desemprego.
  4. Aumento real do valor das pensões e reformas.
  5. Salvaguarda do direito à reforma aos 65 anos e possibilidade da sua antecipação sem penalizações para carreiras contributivas de 40 e mais anos.
  6. Implementação do Programa Nacional de Combate à Precariedade e ao Trabalho Ilegal.
  7. Eliminação da sobretaxa de IRS a partir de 2016, criação de dez escalões deste imposto e aumento da dedução à colecta para baixos e médios rendimentos.
  8. Redução da taxa do IVA na restauração para 13% e eliminação do Pagamento Especial por Conta para as micro, pequenas e médias empresas.
  9. Eliminação dos benefícios fiscais aos grupos económicos e financeiros e tributação efectiva de todos os rendimentos gerados no País.
  10. Reposição da universalidade do abono de família com a valorização dos seus montantes.
  11. Revogação das taxas moderadoras.

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Política Patriótica e de Esquerda, soluções para um Portugal com futuro – Francisco Gonçalves

26 Domingo Jul 2015

Posted by cduarouca in Arouca, Francisco Gonçalves, Legislativas 2015, PCP, Política, Portugal

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Sessão Pública de apresentação dos cinco primeiros candidatos por Aveiro

Camaradas e Amigos,

franciscoVivemos num distrito com enormes potencialidades económicas. Temos 714.200 habitantes, 6,8% do país, e 2.801 km2 de área (3% do país). Temos mar e serra, ria e rios, terra arável e floresta. E temos o factor humano, os trabalhadores: na agricultura, na floresta e na pesca; na indústria – calçado, cortiça, eléctrica, metalurgia, química, têxtil; e nos diversos ramos do comércio e dos serviços. E temos património histórico e cultural, Universidade e Investigação. Temos, de facto, potencialidades económicas e sociais, mas, camaradas e amigos, não estamos bem. Não estamos bem porque falta o desenvolvimento económico e social.

Mas o governo tem criado e explorado a confusão entre potencialidades de desenvolvimento e desenvolvimento. Procurando tirar partido do peso eleitoral que eleições passadas deram a  PSD e CDS, não tem havido uma semana que seja, particularmente no último ano,  sem uma visita de um secretário de estado, de um ministro, do primeiro-ministro ou mesmo do tutor do governo, o presidente da república, a um qualquer evento num dos 19 concelhos do distrito.

Estamos convencidos que este truque do velho manual de campanha eleitoral, de se fazer(em) ver no(s) FORUM(s) (locais) acompanhados dos ILUSTRES (da terra) não terá êxito no próximo dia 4 de Outubro. Não terá êxito porque confunde a realidade concreta com uma realidade fictícia.

É que no dia-a-dia, os trabalhadores e o povo do distrito de Aveiro, tal como os do país, sentem a atrofia causada por anos e anos de política de direita, não só causada por PSD e CDS, mas também pelo partido da alternância, o PS. As consequências estão à vista de todos:

– o definhamento demográfico, por via da emigração e da queda, ano após ano, da natalidade, definhamento este fortíssimo nos concelhos do interior mas a descer as serras e em propagação;

– o desemprego, causa fundamental na criação de pobreza, o nosso distrito é o quinto do país no maior número de desempregados. E o que faz o governo PSD/CDS para resolver a questão? Torce a estatística até ela indiciar uma melhoria da situação. Por isso não contabilizam os que emigraram, os milhares de trabalhadores desempregados em “contractos de emprego e inserção” e na formação profissional, os trabalhadores desempregados com “ocupações temporárias”. Recorrem, ainda, a processos de eliminação administrativa. Contas feitas, estima a União de Sindicatos de Aveiro que o número de desempregados do distrito ultrapassa os 80.000 trabalhadores;

– a taxa de risco de pobreza e exclusão social referida pelo INE para o país, 27,5 %, e quase três milhões de portugueses nesta situação: desempregados, pensionistas … e trabalhadores. Sim, trabalhadores, por via do crescimento do trabalho precário e pela diminuição do rendimento disponível das famílias. Nesta legislatura aumentaram-se os dias e o horário de trabalho, cortaram-se salários, aumentaram-se brutalmente os impostos, atacaram-se os direitos laborais, crescendo e muito o trabalho precário.

– E, como se não bastasse, aprofundou-se o processo de encerramento e concentração de serviços públicos iniciado pelos governos do PS – escolas, serviços de saúde, tribunais, freguesias…

Em suma, em 2015, no distrito de Aveiro e em Portugal, somos menos, estamos mais velhos, temos menos rendimento disponível, pagamos mais impostos e, apesar disso, temos direito e menos e a piores serviços públicos. Recuámos e contrariamente ao que diz Paulo Portas, ele que foi deputado eleito por Aveiro, a próxima legislatura, com estas políticas, não vai, pouco a pouco, recuperar os rendimentos, o emprego, diminuir os impostos.

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“É preciso eleger deputados verdadeiramente comprometidos com a defesa dos direitos dos trabalhadores e do povo e os interesses nacionais”

25 Sábado Jul 2015

Posted by cduarouca in PCP

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DECLARAÇÃO DE JERÓNIMO DE SOUSA, SECRETÁRIO-GERAL

Hoje decorre o último plenário da Assembleia da República desta Legislatura, com uma maratona de votações que inclui decisões sobre aspectos significativos que revelam um caminho desastroso e o propósito de o continuar.

Há quatro anos, pouco antes do início desta legislatura, PS, PSD e CDS-PP, no seguimento da política dos PEC, subscreveram com o FMI, a UE e o BCE, um Pacto de Agressão contra os trabalhadores, o povo e o País. Nunca assumiram que esse era o seu Programa Eleitoral para as Eleições de Junho de 2011, o seu Programa para a Legislatura. Depois cumpriram-no com zelo e subserviência.

Invocaram na altura a necessidade da redução da dívida pública e do equilíbrio e rigor das contas públicas.

Passados estes anos, após sacrifícios brutais impostos ao povo português, o País está mais fragilizado, injusto e dependente. A degradação dos salários pensões, apoios sociais e serviços públicos é gritante, como ainda hoje foi evidenciado, com 1 milhão e 500 mil pessoas sem médico família e tempos de espera para uma primeira consulta de 100 dias.

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Este texto não é sobre a Grécia – Miguel Tiago

16 Quinta-feira Jul 2015

Posted by cduarouca in Europa, Grécia, Internacional, PCP, Política

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Nem sobre Portugal, ou Alemanha. Também não é sobre austeridade, nem sobre resultados de referendos.

Na verdade, ao falar-se de União Europeia, excluem-se os povos que alimentam esse projecto imperialista, entre os quais o Grego, o Português, o Alemão. Porque falar de União Europeia não é falar de Europa, que é um continente, um vasto conjunto de países, que cá continuarão muito após o colapso do projecto de espoliação que é a União Económica e Monetária e a União Política.

Este texto não é sobre austeridade porque “austeridade” é a capa sob a qual se esconde o capitalismo. O capitalismo não é austero porque austeridade pressupõe rigor e contenção no uso de recursos. O capitalismo é o inverso disso: é a destruição dos recursos naturais e a exploração do trabalho, com desperdício incalculável. O capitalismo, que agora dá pelo pomposo nome de “austeridade”, faz produzir o dobro do que todos os habitantes globo inteiro necessitariam para viver, mas deita fora metade do que produz e mesmo assim um hemisfério do planeta morre de fome. O capitalismo esbanja os recursos para os concentrar nas mãos dos seus privilegiados. Enquanto metade da população da terra sofre de mal-nutrição ou carências no plano da saúde, higiene e acesso à água, uma outra metade consome o suficiente para suportar um planeta inteiro e ainda deita fora diariamente uma parte igual.

Dessa metade de privilegiados, em que nos incluímos apesar de não termos tido opção, apenas um punhado de indivíduos abocanha a riqueza gerada, vivendo na opulência obscena dos milionários a quem nenhuma fortuna satisfaz. Para que esses milhões se concentrem nas mãos de menos de 1% da população terrestre é preciso destruir os recursos comuns e apropriar-se do trabalho dos outros mais de 99%. Mesmo neste contexto, o capitalismo desperdiça milhões e milhões de trabalhadores, votando-os ao desemprego para garantir baixos custos de trabalho e a total precarização das relações laborais.

O capitalismo é desperdício. Austeridade é o eufemismo, tal como Estado Novo o era para o fascismo.

Ora, desde o princípio que a Benelux, a União do Carvão e do Aço, depois a CEE, agora UEM e a UE, são estruturas de mercados capitalistas, são tratados e acordos entre classes dominantes de diversos países que, por mero acaso, ocupam o solo europeu. Aqueles que agora dizem que a “Europa falhou”, que “a Alemanha destruiu a Europa”, como muito se lê por parte dos que, dizendo-se de esquerda, sempre defenderam a estrutura mais de direita que existe no continente: a União Europeia, estão na verdade, a cumprir o seu papel de sempre.

Em primeiro lugar, a “Europa” não é a “União Europeia”, porquanto um corresponde a uma soma de povos e a um espaço geográfico e outro a um conjunto de tratados entre capitalistas que usurparam estados e decidiram mercados.

Em segundo lugar, aqueles que agora vêm chorar pela “europa” (que é na verdade a “União Europeia”), estão apenas a absolver-se a si próprios de terem durante décadas dado a cobertura política “de esquerda” de que o capitalismo sempre precisou para seduzir os povos da Europa com uma União de liberdade, fraternidade e amizade quando na verdade ia impondo uma União de exploração e acumulação.

A derrota do Governo grego nas negociações com a União e o Eurogrupo não é uma derrota da união europeia (a que agora essa “esquerda” chama “Europa”), antes uma vitória dessa estrutura anti-democrática. A derrota do Governo grego é o triunfo dessa União Europeia, não é o triunfo da Alemanha, não é o triunfo da França, nem de qualquer outro país: é o do capitalismo.

Vir agora chorar pela “Europa” cumpre apenas o ritual da defesa da estrutura de direita que, passo a passo, vai fazendo marchar o capitalismo sobre os povos.

Dizer que a “Europa” perdeu, ou que a “Alemanha destruiu o sonho europeu” iliba o Governo grego ante as cedências que aceitou em prol dessa “Europa”; Continuar a ler →

Obituário de um país escavacado pelas patas de um coelho – Álvaro Couto

13 Segunda-feira Jul 2015

Posted by cduarouca in Álvaro Couto, Portugal

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 Um pacote de austeridade?

– Vai lá e abusa.

Pensões? Salários,subsídios, reformas?

– Vai lá e rouba.

1 milhão de desempregados, 2 milhões de precários, 3 milhões de pobres?

– Vai lá e expulsa.

A entrada do carro na autoestrada? A saída da barcaça do rio?

– Vai lá e cobra.

Um livrinho com a Constituição da República?

– Vai e rasga.

O aparelho de estado?

– Leva,  para o que der e vier.

Os aviões? Os autocarros, os comboios, os metros?

– Vai lá e vende ao desbarato.

Pedaços de papel? Acções, aforros, swaps?

-Vai lá e joga.

Licenciaturas? Passaportes, certificados, demais licenças?

– Todos seus.

Os empregos para os amigos no partido?

– Vai e usa.

Os hospitais? As escolas, as autoestradas, os aeroportos?

-Vai lá e emparceira.

Uma montanha de recibos? Água, luz, energia,

comunicações, ar, sol, chuva, vento?

– Vai e dá a render.

Os peixes? O leite, as batatas, a fruta, o trigo, o milho?

-Vai lá e destrói.

As páginas do Lusiadas?

-Vai lá e arranca.

Os desenhos suspensos nas paredes do museu?

-Vai e risca.

A canção do hino nacional?

– Vai lá e entrega.

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DA HELENA E DO ARTUR – Francisco Gonçalves

13 Segunda-feira Jul 2015

Posted by cduarouca in Arouca, Francisco Gonçalves

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abaixo assinado, Artur Neves, Democracia, Praça Brandão de Vasconcelos

Para não maçar com  a palavra mais repetida dos últimos dias chamemos-lhe, ao país em causa, Helena. E em vez da conversa do sai / não sai  e da confusão entre Europa, União Europeia e Zona Euro, coloquemos outra questão: qual é, afinal, a natureza da social-democracia?

O governo helénico, uma associação de diversas correntes políticas, maioritariamente social-democrata e nacionalista, pretende, e pretende mesmo, conciliar as regras da União Económica e Monetária (UEM) com um programa mais aliviado de medidas recessivas, equação por muitos considerada impossível, dada a natureza antagónica das duas premissas.

Se, ao contrário do que as ideias dominantes matraqueiam, o governo helénico fosse, de facto, “radical e extremista”, já teria avançado no sentido da  libertação das regras da  UEM. Não o fez, nem o quer fazer.

A União Europeia, por seu lado, quer aplicar o pacote tal como está desenhado e garantir que nenhum país abandona o Euro. E não quer porque o Euro e as  regras da UEM têm inúmeras vantagens para quem, de facto, manda na coisa, os da massa: embaratece o factor trabalho, diminui os encargos fiscais do factor capital, expande o negócio para novas áreas – educação, saúde, segurança social (apelidam estas coisas de “reformas estruturais”).

Em resumo, uns não querem sair, os outros não querem que eles saiam. Pergunta-se então – para quê a telenovela se a discussão é apenas sobre o grau da austeridade?  Como é que não se entendem se são da mesma família política – o SYRIZA herdou os quadros do PASOK, o presidente francês é do PSF e o presidente do parlamento europeu do SPD?

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flagrantes – 2019

Jerónimo de Sousa em Arouca

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