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A decisão do Eurogrupo sobre a ajuda financeira a Chipre foi tomada no último momentol, no fim do dia 25 de Março. Destinada a resgatar Chipre, esta pode tornar-se uma mina de acção retardada capaz de solapar todo o edifício da União Europeia. O Laiki Bank, o segundo maior de Chipre, está a ser sacrificado. A decisão é razão para um suspiro de alívio para aqueles cujas contas não excediam os 100 mil euros. O caso é diferente para aqueles cujas contas ultrapassavam esse montante, bem como para os accionistas e possuidores de títulos do banco. Segundo algumas estimativas, as contas podem minguar em 30-40%. Jeroen Dijsselbloem, o chefe do Eurogrupo de ministros das Finanças, diz que a reestruturação da dívida renderá €4,2 mil milhões, apenas um pouco menos do que a tributação sobre o depósito total que foram planeado antes. O comissário europeu para a economia, Ollie Rehn, disse que é uma decisão dura para o povo. Chipre obterá a primeira fatia de um salvamento internacional de 10 mil milhões de euros só no princípio de Maio. Isto significa que a ameaça para o sistema financeiro de Chipre ainda é iminente; uma reacção em cadeia pode propagar-se a outros estados da Eurozona.
Pela segunda semana consecutiva as bolsas de acções mundiais operam a olhar atrás para ver o que acontece em Chipre. O primeiro choque, quando alguns índices baixaram para marcas nunca alcançadas desde o Verão de 2012, está ultrapassado. Mas ainda não é o ponto de retorno.