É mais do que sabido o conceito da “porta giratória” entre cargos governativos e cargos na administração de grandes empresas: governantes que, acabado o seu mandato público, de repente se vêm em lugares chorudamente pagos em empresas privadas. E não é raro que se trate de empresas com quem, enquanto governantes, tinham anteriormente estabelecido vultuosos contratos e negócios.
Há naturalmente excepções, como a da multinacional farmacêutica que descobriu em José Sócrates insuspeitos dotes para o seu ramo e o contratou, encarregando o “filósofo”/farmacêutico de uma qualquer tarefa de influência, bem paga como ele merece.
E há outros casos, como o do trânsito de Jorge Coelho de responsável pelas Obras Públicas no governo de Guterres para a presidência da Mota-Engil, que fora – ela ou empresas e consórcios em que participa – não pouco beneficiada nos negócios durante a sua gestão ministerial. Ele foram as milionárias concessões rodoviárias, ele foram as SCUT’s, ele foi o 2º acordo com a Lusoponte, ele foi o prolongamento do prazo da concessão do maior terminal de contentores do Porto de Lisboa, entre outros.
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