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Os Verdes dizem não à privatização
18 Segunda-feira Mar 2013
18 Segunda-feira Mar 2013
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18 Segunda-feira Mar 2013
Posted Nacional, Noam Chomsky, Política, Portugal, Sociedade
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– A estreita margem da liberdade consentida
Hoje há mais censura em Portugal do que antes da Revolução de 25 de Abril de 1974. Mas trata-se de uma censura camuflada, que não se assume como tal. Os censores já não são funcionários do Estado e sim empregados, com carteira de jornalista, das empresas que dominam os media portugueses. Eles são contratados (quando não precarizados) preferencialmente pela sua afinidade com a ideologia dominante. Assim já não precisam sequer de auto-censurar-se, aquilo sai-lhes naturalmente. Para os recalcitrantes, há as regras não escritas impostas pelo patronato e pela publicidade que os financia. Nem por serem não escritas elas são menos respeitadas. Pode-se dizer, até, que as regras mais estritamente cumpridas são as não escritas. Os empregados das empresas de TV que não tiverem antenas afinadas para captá-las não terão ali uma carreira muito longa, pouco importando se os canais são estatais ou privados.
Tal como noutros países, os media portugueses (TV e não só) adoptam o sistema da “margem de liberdade consentida”, bem explicado por Chomsky [1] . A diferença com os outros países é que no Portugal de hoje esta margem é extraordinariamente estreita. Entretanto, eles precisam promover algum debate ou fingimento de debate para dar a ideia de democracia. Mas o mesmo tem de ter, necessariamente, limites precisos e rígidos que não podem ser ultrapassados. Devem, de preferência, centrar-se em questões acessórias e ignorar as essenciais. Promove-se assim a ilusão do debate, mantêm-se as pessoas entretidas e faz-se perdurar a ideia de que ainda há liberdade de imprensa.
18 Segunda-feira Mar 2013
Posted Agricultura, Ambiente, Arouca, Cultura
in18 Segunda-feira Mar 2013
Posted Eugénio Rosa, Governo, Nacional, Notícias, Política, Portugal, Sociedade, Trabalhadores
in– A consequência de uma política recessiva que desde o início já se sabia que ia ter estes resultados
Há mais de 80 anos, Keynes, um economista que queria salvar o capitalismo, perante um contexto muito semelhante ao atual (estava-se no inicio da 1ª grande recessão económica de 1929-33, e agora estamos mergulhados em plena 2ª grande recessão económica), e confrontado com políticas muito semelhantes às impostas pelo BCE/FMI/Comissão Europeia e pelo governo PSD/CDS, escreveu o seguinte: ” Com homens e fábricas sem ocupação, é ridículo dizer que não podemos pagar novos desenvolvimentos. …Quando temos homens desempregados e fábricas ociosas e mais poupança do que estamos a utilizar internamente, é completamente imbecil dizer que não temos dinheiro para essas coisas. Porque é com homens desempregados e com fábricas ociosas, e com nada mais, que essas coisas se fazem” (Keynes-Hayek: o confronto que definiu a economia moderna, pág. 70). É precisamente esta política que Keynes designou por “ridícula” e “imbecil” que está a conduzir a UE e Portugal ao descalabro económico e social.
Em três anos de governo PSD/CDS e de “troika”, ou seja, entre 2011 e 2013, a taxa oficial de desemprego aumentará de 12,4% para 18,9% (+351.900 desempregados), e a taxa real de desemprego que inclui os desempregados que não constam dos números oficiais de desemprego, subirá de 17,7% para 28,2% (+59,3%). No fim do ano de 2013, o desemprego oficial atingirá 1.040.800 portugueses, e o desemprego real, calculado com base em dados do INE, deverá atingir 1.641.000 portugueses. É um número assustador que, a continuar a atual política recessiva e destrutiva da economia aplicada em plena recessão, poderá ainda ser ultrapassado. Ele também revela a total inadequação da política que está a ser imposta ao país para reduzir o défice.
18 Segunda-feira Mar 2013
Posted Administração Local, Ambiente, Arouca, Francisco Gonçalves, Notícias, Património, Política
inO Prédio
Percorre as conversas e o espaço público locais a polémica em torno da volumetria do edifício em construção no centro da Vila, ali junto à Academia de Música. Não ponho em causa a arquitectura – a obra não está concluída e não é bom misturar estética e política-, nem a legitimidade do dono da obra – submeteu a quem de direito o seu projecto -, mas sim a (in)coerência urbanística. Estando para a Vila previsto um grande perímetro urbano (exagerado até – Vila até ao Arieiro é Vila a mais), isto é, optou-se por um crescimento urbano horizontal e não vertical. Se o dito edifício “tem um piso a mais, para além do expectável para a zona”, como diz o presidente da câmara, algo de errado se passou. Apurem-se razões e responsabilidades!
Os passadiços
Foi noticiada a adjudicação, por 1.854.583,70 euros, da construção dos passadiços no Paiva. A preservação e a valorização do património natural de Arouca é hoje uma frase feita, “geoparquenamente” cantada aos quatro ventos. Mas neste caso “não bate a bota com a perdigota”. Os espaços humanos valorizam-se criando condições para os humanos, os espaços naturais (sem interacção humana) valorizam-se não levando para lá humanos. Criar as infraestruturas necessárias à prática das atividades desportivas existentes no Paiva é valorizar o espaço e está muito bem. Cravar um passadiço na escarpa e prolongá-lo por vários quilómetros numa zona natural não frequentada por humanos não é valorizar, é destruir. É um disparate e caro!