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CDU Arouca

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Monthly Archives: Março 2013

Portugal, o aluno que aprende bem as más lições – Alexandre Afonso

31 Domingo Mar 2013

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BCE, crescimento, Défice, eurozona, FMI, memorando, privatizações, Salários, sector público, Troika

A 15 de Março, Portugal obteve mais tempo para reduzir o seu défice público nos termos do memorando de entendimento assinado com a UE, o BCE e o FMI em Maio de 2011, quando o país se tornou o terceiro Estado-membro ao qual foi prestada assistência no contexto da crise da Eurozona. O relaxar dos termos do resgate tem sido considerado como uma recompensa pelo currículo português de cumprimento do programa de ajustamento, o qual inclui cortes altamente impopulares de salários no sector público, um dramático agravamento da carga fiscal e a privatização das indústrias mais importantes (aeroportos, eletricidade e rede energética). Portugal tem sido consistentemente recomendado pela sua determinação em prosseguir reformas de austeridade, apesar dos indicadores económicos que têm também ficado aquém das metas em matérias de crescimento, emprego e redução da dívida. Números recentes do Ministério das Finanças revelam, por exemplo, que 23,8 milhares de milhões de euros em cortes da despesa pública (14 por cento do PIB) ao longo de três anos resultaram numa redução do défice orçamental de apenas 6,6 milhares de milhões, em parte por causa da drástica queda do nível da atividade económica e das receitas fiscais que aqueles cortes orçamentais provocaram. O desemprego atingiu 18 por cento (39 por cento no caso dos jovens) em Janeiro. Apesar disto, o FMI continuou a incensar o consenso social e político notavelmente robusto , o qual também assegura uma abordagem mais tolerante por parte da Alemanha .

Como poderemos explicar este consenso, confrontado com um pano de fundo de protestos contra a austeridade que eclodem através da Europa? Existem três fatores, que colocam Portugal numa posição à parte, que podem ser mencionados: a situação que prevaleceu antes da crise; as estratégias políticas dos principais partidos; a tradição, profundamente enraizada nos cidadãos portugueses, de “votar com os pés”.

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Tem de haver sempre uma Coreia, ou uma Polónia, ou um Afeganistão, ou um Chipre, ou um Iraque… – Sérgio Ribeiro

31 Domingo Mar 2013

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armas nucleares, China, Coreia do Norte, Coreia do Sul, Imperialismo, militarismo, URSS

  • reflexões de um russo anónimo na Internet, recebidas por via de um mail amigo:

Qual o objectivo dos mais de 200 000 militares Sul Coreanos e Americanos acompanhados de poderosíssimos meios bélicos nas cercanias da Coreia do Norte? Essas manobras vão durar cerca de dois meses.

Afinal quem está a ameaçar quem?

O objectivo das provocações é esse mesmo, fazer com que os Norte Coreanos façam o primeiro disparo, para haver o pretexto de reduzirem o país a cinzas em poucas horas.

O que fazem lá os B2 com capacidade nuclear, 2 porta aviões a deslocação de parte da esquadra do Indico para os mares da China, a mobilização dos meios aéreos estacionados no Japão (cerca de 350 aeronaves)?

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Cronograma das detonações nucleares entre 1945-1998 (por País)

30 Sábado Mar 2013

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armas nucleares, detonações, guerra, Imperialismo

Ler “O Capital” – Filipe Diniz

30 Sábado Mar 2013

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chipre, confisco, crise, Roubo, saque

A recente crise despoletada em Chipre obriga a um esforço de informação. E não é fácil, porque os grandes media fazem com a crise do capitalismo a mesma coisa que fazem com as agressões imperialistas: são parte interessada e cúmplice, e “informam” em função disso.

Por exemplo: em relação à bárbara medida, sem precedentes, de sacar dinheiro aos depositantes dos bancos, grandes ou pequenos, o que destacam em coro esses media? Que se trata de ir às contas onde dinheiro sujo dos “russos” é branqueado. Como se não houvesse abundante branqueamento de dinheiro da mesma origem em outras sedes, em países como a Holanda ou a Grã-Bretanha ou o Luxemburgo. Como se fosse por acaso que duas das quatro maiores firmas mundiais de contabilidade (KPMG e PricewaterhouseCoopers, que não são certamente “russas”) estão instaladas na ilha. Como se o Laiki Bank, agora em maus lençóis, não tivesse como um dos maiores accionistas uma companhia do Dubai. Como se, no fim de contas, esse dinheiro “russo” não fosse hoje parte integrante do sistema financeiro do capitalismo global onde não tem cor, nem cheiro, nem nacionalidade.

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Parcerias? Patifaria – Paulo Morais

30 Sábado Mar 2013

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PPP's, Troika, Vitor Gaspar

Aqui chegados, só há uma solução aceitável: extinguir os contratos e prender quem os forjou. 

Os encargos do estado com as parcerias público-privadas (PPP) são colossais, comprometem as finanças públicas por toda uma geração e hipotecam o futuro da economia do país. Mas os governos continuam a ser cúmplices destes negócios ruinosos. O atual ministro das finanças nem sequer diminuiu a despesa com as PPP, a que estava obrigado pelo memorando de entendimento assinado com a troika. Pelo contrário, os custos não cessam de aumentar.

Nos últimos quatro anos, os encargos líquidos com as PPP quadruplicaram, atingindo por ano montantes da ordem dos dois mil milhões de euros. O valor dos compromissos futuros estima-se em mais de 24 mil milhões de euros, cerca de 15% do PIB anual. Uma calamidade!

Fingindo estar a cumprir o acordo com a troika, que obrigava a “reavaliar todas as PPP”, as Finanças anunciam, aqui e além, poupanças de algumas centenas de milhões. Valores ridículos, pois representam apenas cerca de um por cento do valor dos contratos.

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Continuar a viver (Indios da meia praia)

29 Sexta-feira Mar 2013

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António da Cunha Telles, índios, documentário, Zeca Afonso

Documentário de António da Cunha Telles – 1976

Os confiáveis – Henrique Custódio

29 Sexta-feira Mar 2013

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chipre, confisco, Roubo, saque, Troika, URSS

O escândalo do roubo às contas particulares dos cipriotas decidido pelos 17 ministros da Economia dos países do Euro, evidenciou que os atilados dirgentes da «Europa Connosco» são aventureiros e, sobretudo, gente nada confiável.

Aventureiros porque, julgando velar pelos interesses do grande capital, atiram borda-fora um dos conceitos proclamados pelo capitalismo – o da garantia de que a propriedade privada é inviolável e inamovível. Ao se proporem assaltar as economias dos cipriotas, arriscaram abrir a caixa de Pandora e desencadear uma corrida generalizada aos bancos, o que lançaria o caos. Imagine-se países inteiros, em pânico, a querer levantar todas as suas economias que não estão nos bancos nacionais, mas pairam, algures, no éter da grande jogatana bolsista internacional.

É claro que a imbecilidade foi emendada 48 horas depois, enquanto se verificava um passa-culpas: todos se transformaram nos queixinhas da primária, todos jurando a pés-juntos que «não foram eles», lançando a suspeição sobre todos os outros. Até os 27 ministros responsáveis directos, também se puseram a assobiar para o lado.

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O Chipre só tem uma solução! – Ângelo Alves

29 Sexta-feira Mar 2013

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BCE, capitalismo, chipre, Dragui

O desenrolar dos acontecimentos no Chipre, sujeito a um autêntico assalto comandado pela Alemanha por via do Eurogrupo, levanta um sem número de questões. Tentaremos por isso centrarmo-nos apenas em alguns aspectos chave da situação.

Uma primeira nota vai para o carácter sistémico dos acontecimentos. Não estamos apenas perante um roubo descarado ao Chipre, criminoso de todos os pontos de vista, incluindo o político e de relacionamento entre estados. Nem apenas perante um acto de chantagem descarada sobre todo um povo como o demonstrou o ultimato do BCE ameaçando com uma autêntica bomba atómica financeira.

Estamos também perante um novo patamar de desenvolvimento da crise do capitalismo na União Europeia. Um patamar em que o processo de extorsão de recursos para a esfera financeira e de centralização e concentração de capital atinge um nível superior e é decidido à margem de qualquer controlo político, é esse o «modelo» de que vem agora falar a Comissão Europeia. É a total submissão do poder político ao poder económico, como o comprova o facto de o roubo às poupanças dos cipriotas e aos activos de centenas de pequenas e médias empresas ter sido decidido em Berlim, acordado em Bruxelas e imposto ao Chipre sem passar sequer pelo seu Parlamento.

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Sobre a nomeação de Silva Carvalho para a Presidência do Conselho de Ministros

29 Sexta-feira Mar 2013

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efeitos retroactivos, falta de vergonha, favores, Ongoing, processo, Relvas, secretas

Continua o escândalo do preço dos combustíveis em Portugal – Eugénio Rosa

29 Sexta-feira Mar 2013

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combustíveis, Europa, preço

Em relação aos rendimentos dos trabalhadores e pensionistas, o governo não hesita em congelar salários (ex. salário mínimo nacional), em fazer cortes nas remunerações (ex. Função Pública), em confiscar subsidio de férias e Natal aos pensionistas e trabalhadores da Função Pública, mesmo violando a Constituição da Repúblicas, mas em relação às “rendas excessivas” (lucros especulativos) dos grupos económicos, o governo e “troika” nada fazem. O que acontece em Portugal com os preços dos combustíveis é um exemplo concreto de uma politica de “dois pesos e duas medidas”.

O quadro 1, elaborado com os dados divulgados pela Direção Geral de Energia e Geologia do Ministério da Economia e Emprego, mostra que os preços médios sem impostos e taxas, ou seja, aqueles que revertem na totalidade para as empresas, da gasolina 95 e do gasóleo continuam a ser, em Portugal, em Janeiro de 2013 superiores à média dos países da União Europeia, enquanto a carga fiscal, contrariamente ao que as petrolíferas e seus defensores nos media têm procurado fazer crer, enganando a opinião pública, é, em Portugal, inferior à média dos países da UE.

quadro- preços

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Défice Orçamental atinge os 6,4% em 2012

29 Sexta-feira Mar 2013

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CDS, Défice, dívida pública, demissão, eleições, falhanço, Gaspar, INE, OE, PASSOS, Portas, PS, PSD

Os dados agora divulgados pelo INE, um défice orçamental de 6,4% em 2012, quando a previsão do Governo inscrita no Orçamento do Estado para 2012 era de 4,5% e uma Dívida Pública de 123,6% em 2012, em vez dos 110,5% previstos no Orçamento de Estado para 2012, confirmam aquilo que o PCP há muito vem afirmando: os cortes nos salários, pensões e apoios sociais, nas despesas com saúde e com educação e o enorme aumento da carga fiscal sobre os trabalhadores e o povo, nomeadamente IRS e IVA, não só não resolveram os problemas do défice e da dívida, como pelo contrário contribuíram para aprofundar a recessão em que a nossa economia se vai afundando, com uma quebra acumulada no PIB desde a assinatura do Pacto de Agressão de 5,7%.

Só entre 2011 e 2012, de acordo com estes dados agora divulgados pelo INE, o défice público aumentou em 3 053 milhões de euros e a dívida pública em 19 244,3 milhões de euros, ao mesmo tempo que o Investimento Público caiu 31%.

O PCP reafirma que é urgente e inadiável a demissão deste Governo, a realização de eleições antecipadas e a rejeição do Pacto de Agressão.

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Jornada evocativa – Centenário de Álvaro Cunhal

28 Quinta-feira Mar 2013

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6 de Abril, Aveiro, centenário do nascimento, comemorações, jornada evocativa

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O pião cipriota – Thierry Meyssan

28 Quinta-feira Mar 2013

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chipre, confisco, crise, EUA, Europa, saque, Ue

Washington foi rápido a utilizar a crise financeira cipriota para iniciar a estratégia de captação de capitais que eu descrevi três semanas atrás nestas colunas [1]. Com a ajuda da directora do Fundo monetário internacional, a pró-americana Christine Lagarde, eles puseram em causa a inviolabilidade da propriedade privada na União europeia e tentaram confiscar um décimo dos depósitos bancários, pretensamente para capitalizar a banca nacional cipriota afectada pela crise grega.

É escusado dizer que, a finalidade anunciada não é senão um pretexto já que longe de resolver o problema, este confisco se fosse realizado não faria mais que agravá-lo. Ameaçados, os restantes capitais fugiriam da ilha provocando o colapso da sua economia.

A única, real, solução seria anular as dívidas antecipando para isso as receitas da exploração do gás cipriota. Isto seria tanto mais lógico quanto este gás a baixo preço relançaria a economia da União europeia. Mas, Washington decidiu nisto de outra forma. Os Europeus são instados a continuar a procurar a sua energia a preço elevado no Próximo-Oriente, enquanto este gás a baixo preço fica reservado para alimentar a economia israelita.

Para mascarar o papel da decisão de Washington, este “hold-up”- (expressão em inglês para assalto, NdT) – bancário não é apresentado como uma exigência do FMI, mas como a de uma troika, incluindo a UE e o BCE. Nesta perspectiva, o confisco substituiria uma desvalorização ornada impossível pela pertença à zona euro. Salvo que, aqui, a desvalorização não seria uma política de Nicósia, mas um diktat do patrão do BCE, Mário Draghi, o ex-director europeu do banco Goldman Sachs, que é precisamente o principal credor de Chipre.

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A catástrofe grega: “Progresso económico” construído sobre bases políticas podres – Prof. James Petras

28 Quinta-feira Mar 2013

Posted by cduarouca in Grécia, Internacional, James Petras, Política, Sociedade, UE

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crise, depressão económica, Desemprego, greves gerais, relações de família e inter-geracionais

 Três gerações de trabalhadores gregos

Quando a Grécia entra no sexto ano da pior depressão económica da Europa, com 30% da sua força de trabalho desempregada e mais de 52% da sua juventude sem emprego, todo o tecido social está a dilacerar-se; a taxa de suicídios está a disparar e cerca de 80% da população caminha para o declínio. As relações de família e inter-geracionais sofrem impacto profundo; convicções anteriores evaporaram-se. Incertezas, medo e cólera inspiram protestos em massa diários. Mais de uma dúzia de greves gerais levaram os gregos, desde alunos da escola secundária até octogenários, a uma luta desesperada para conservar os últimos resquícios de dignidade e sobrevivência material.

A União Europeia e os colaboradores gregos pilharam o tesouro, cortaram empregos, salários e pensões, executaram hipotecas de habitações e elevaram impostos. Os orçamentos familiares contraíram para a metade ou um terço dos seus níveis anteriores.

Num crescente número de famílias, três gerações estão a viver sob um mesmo teto, mal sobrevivendo das pensões em redução dos seus avós: algumas famílias à beira da indigência. A prolongada – nunca acabada e a piorar – depressão capitalista provocou uma ruptura profunda no ciclo de vida e nas experiências de viver de avós, pais e filhos. Este ensaio será centrado nos avós, pais e filhos devido a maior familiaridade com as suas experiências de vida.

A rutura inter-geracional pode ser melhor compreendida no contexto das “experiências de vida” contrastantes de três gerações. O foco será sobre as experiências de trabalho, política, família e lazer.

Experiências de trabalho: Os avós

Os avós das famílias, na maior parte dos casos, migraram de áreas rurais ou pequenas cidades durante o período pós guerra civil (1946-49) e muitos estabeleceram-se nos subúrbios pobres de Atenas. A maior parte mal acabou a escola secundária e encontrou emprego mal pago no têxtil, construção e empresas públicas. Os sindicatos não existiam, “semiclandestinos” e sujeitos a dura repressão pelos regimes direitistas apoiados pelos EUA no princípio da década de 1960. Entre os meados e o fim da década de 1970 os avós gravitaram em direção a partidos de “centro-esquerda” e ao renascimento da atividade sindical. Isto ocorreu especialmente entre a crescente indústria de montagem e entre trabalhadores do sector público e nas indústrias elétricas, de telecomunicações, portos marítimos e de transportes. O golpe de 1967 apoiado pelos EUA e a resultante junta militar (1967-1973) teve um impacto duplo: Colocou fora da lei sindicatos e negociações coletivas, por um lado, e estimulou o investimento estrangeiro conduzido pelo clientelismo de estilo corporativo, por outro.

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“havemos de ser mais!” – Prof. António Sampaio da Nóvoa, Reitor da Universidade de Lisboa

28 Quinta-feira Mar 2013

Posted by cduarouca in Cultura, PCP, Política, Sociedade

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23 de Março, António Sampaio da Nóvoa, Álvaro Cunhal, lisboa, Universidade de Lisboa

Sessão Cultural Evocativa do Centenário de Álvaro Cunhal, 23 Março de 2013, Lisboa

Alterações fiscais no OE 2013 penalizam a agricultura e os agricultores

27 Quarta-feira Mar 2013

Posted by cduarouca in Agricultura, Arouca, Governo, Notícias, PCP

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2013, CDS, médios agricultores, mercados de proximidade, OE, pequenos, PS, PSD, Soberania Alimentar

Na cruzada contra os pequenos e médios agricultores, a agricultura nacional e a soberania alimentar do País, o governo PSD/CDS, lançou uma nova ofensiva, em sede de Orçamento do Estado, desta vez na área da fiscalidade.

Tal ofensiva, a concretizar-se, é uma autêntica sentença de morte para milhares de agricultores, porque inviabiliza a produção, mesmo em sectores fundamentais para o abastecimento público, arruinará ainda mais as economias locais e conduzirá Portugal a uma ainda maior dependência alimentar.

Apesar de todos os questionamentos e propostas do PCP durante o debate do OE/2013, confrontando a própria Ministra da Agricultura, o Governo e a maioria PSD/CDS insistiram em alterações da fiscalidade na actividade agrícola, nomeadamente no fim do regime de isenção do IVA, matéria em que nem o PS votou favoravelmente as propostas do PCP.

As medidas que entram em vigor a 1 de Abril, estão a provocar uma enorme indignação nos pequenos e médios agricultores e a reclamação das suas associações da sua imediata suspensão.

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Chipre: Resgatada e atacada. Quem está por trás? – Pyotr Iskenderov

26 Terça-feira Mar 2013

Posted by cduarouca in Economia, Euro, Europa, Internacional, Notícias, Política, UE

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chipre, Eurogrupo, eurozona, sistema financeiro

A decisão do Eurogrupo sobre a ajuda financeira a Chipre foi tomada no último momentol, no fim do dia 25 de Março. Destinada a resgatar Chipre, esta pode tornar-se uma mina de acção retardada capaz de solapar todo o edifício da União Europeia. O Laiki Bank, o segundo maior de Chipre, está a ser sacrificado. A decisão é razão para um suspiro de alívio para aqueles cujas contas não excediam os 100 mil euros. O caso é diferente para aqueles cujas contas ultrapassavam esse montante, bem como para os accionistas e possuidores de títulos do banco. Segundo algumas estimativas, as contas podem minguar em 30-40%. Jeroen Dijsselbloem, o chefe do Eurogrupo de ministros das Finanças, diz que a reestruturação da dívida renderá €4,2 mil milhões, apenas um pouco menos do que a tributação sobre o depósito total que foram planeado antes. O comissário europeu para a economia, Ollie Rehn, disse que é uma decisão dura para o povo. Chipre obterá a primeira fatia de um salvamento internacional de 10 mil milhões de euros só no princípio de Maio. Isto significa que a ameaça para o sistema financeiro de Chipre ainda é iminente; uma reacção em cadeia pode propagar-se a outros estados da Eurozona. 

Pela segunda semana consecutiva as bolsas de acções mundiais operam a olhar atrás para ver o que acontece em Chipre. O primeiro choque, quando alguns índices baixaram para marcas nunca alcançadas desde o Verão de 2012, está ultrapassado. Mas ainda não é o ponto de retorno. 

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Sessão Cultural Evocativa do Centenário de Álvaro Cunhal

25 Segunda-feira Mar 2013

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Álvaro Cunhal, Centenário

Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP, Lisboa, Sessão Cultural Evocativa

Permitam-me que vos dirija umas escassas palavras que serão essencialmente de agradecimento a todos os que proporcionaram esta magnifica iniciativa e para desde já, expressar a nossa imensa alegria de vermos reunidos neste acto eminentemente cultural evocativo de Álvaro Cunhal, personalidades oriundas de diversos quadrantes ideológicos e com uma actividade marcante nas mais diversas áreas da nossa vida colectiva.

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A porta giratória – Filipe Diniz

25 Segunda-feira Mar 2013

Posted by cduarouca in Governo, Património, Política, Portugal, Sociedade, Trabalhadores

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CDS, Jorge Coelho, Mota Engil, promiscuidade, PS, PSD

É mais do que sabido o conceito da “porta giratória” entre cargos governativos e cargos na administração de grandes empresas: governantes que, acabado o seu mandato público, de repente se vêm em lugares chorudamente pagos em empresas privadas. E não é raro que se trate de empresas com quem, enquanto governantes, tinham anteriormente estabelecido vultuosos contratos e negócios.

Há naturalmente excepções, como a da multinacional farmacêutica que descobriu em José Sócrates insuspeitos dotes para o seu ramo e o contratou, encarregando o “filósofo”/farmacêutico de uma qualquer tarefa de influência, bem paga como ele merece.

E há outros casos, como o do trânsito de Jorge Coelho de responsável pelas Obras Públicas no governo de Guterres para a presidência da Mota-Engil, que fora – ela ou empresas e consórcios em que participa – não pouco beneficiada nos negócios durante a sua gestão ministerial. Ele foram as milionárias concessões rodoviárias, ele foram as SCUT’s, ele foi o 2º acordo com a Lusoponte, ele foi o prolongamento do prazo da concessão do maior terminal de contentores do Porto de Lisboa, entre outros.

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O estudo da Mercer sobre remunerações – Eugénio Rosa

24 Domingo Mar 2013

Posted by cduarouca in Eugénio Rosa, Governo, Nacional, Sociedade, Trabalhadores

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Capgemini, distorcer, manipular, mentiras, MERCER

– distorcer a realidade para servir ao governo 
– manipular opinião contra os trabalhadores da função pública

Mais uma vez os trabalhadores da Função Pública foram objeto de uma campanha com o objetivo de virar a opinião pública contra eles. Agora o pretexto utilizado foi que auferiam remunerações superiores aos trabalhadores do setor privado. Para isso foi utilizado um estudo encomendado pelo governo a uma multinacional MERCER que distorce a realidade e contém erros graves. 

Em 2006, o governo de Sócrates encomendou à multinacional CAPGEMINI a realização de um “Estudo comparado dos sistemas de remuneração entre o setor público e o setor privado “. Esse estudo mostrou que a generalidade dos trabalhadores da Função Pública ganhavam menos do que os do setor privado para idênticas funções. Segundo este estudo, em 2006, a remuneração de um diretor geral na Administração Pública era inferior entre -46% e 61,5% à do setor privado; a dum analista informático era inferior entre -23% e -28%; a de um jurista era inferior entre -27% e -31%; a de um economista era inferior entre -10% e -16%; a de um engenheiro era inferior entre -40% e-43%; a de um médico era inferior em -16,6%; e a de um enfermeiro era inferior em -36,1%; a de um assistente técnico (administrativo) era inferior entre -42,5% e-47,6%; no grupo de assistentes operacionais, a de um eletricista era inferior na Administração Pública entre -13,4% e -47,6%; a de uma telefonista era inferior em -13,6%; e a de um motorista entre -37,9% e -38,8%. 

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Debate “O Euro e a dívida – Défices estruturais” – Jerónimo de Sousa

24 Domingo Mar 2013

Posted by cduarouca in A Cassete, Economia, Euro, Europa, Internacional, Nacional, PCP, Política, Sociedade, Trabalhadores, UE

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19 de março, debate, PCP

Intervenção de Jerónimo de Sousa 

Secretário-Geral do PCP

Tal como ainda recentemente o afirmámos em Congresso é obrigação de um futuro governo que assuma efectivamente a defesa dos interesses nacionais, dos trabalhadores e do nosso povo preparar o país para a saída do Euro. Num processo que pressupõe ser considerado também na articulação com outros países, a braços com os mesmos problemas.

Contas que contam – Anabela Fino

23 Sábado Mar 2013

Posted by cduarouca in Notícias, Política, Portugal, Sociedade, Trabalhadores

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Belmiro de Azevedo, BPI, Ulrich

Já não bastava o sr. Ulrich do «aguenta, aguenta» e das comparações com os sem-abrigo – como se ele soubesse o que é ser sem abrigo! –, temos agora o sr. Ulrich na versão preocupado com a sociedade portuguesa, que de súbito descobriu estar «entristecida, desmotiva e descrente», a fazer apelos no estilo «façam qualquer coisinha ou isto ainda acaba mal para nós», justamente na altura em que o BPI do sr. Ulrich anunciou ter amortizado mais uma tranche de 200 milhões de euros, coisa pouca, dos 1200 milhões que foi buscar ao Estado para se recapitalizar e que fazem parte daquela tranche de 12 000 milhões destinados à banca pela troika, no âmbito do chamado Programa de Assistência Económica e Financeira que os portugueses estão a pagar com língua de palmo. Preocupações legítimas, as do sr. Ulrich, que no ano passado só contabilizou 249,1 milhões de euros de lucro no seu banco, facto certamente inspirador da lapidar tirada do «aguenta, aguenta».

Pois já não bastava Ulrich preocupado e queixoso dos juros que tem de pagar ao Estado, eis que esta semana se lhe juntou o sr. Belmiro de Azevedo a declarar que o «poder não está no dinheiro, este é «apenas um instrumento que aparece», o poder está sim nos «valores». Profundo pensamento este, vindo de um homem rico, mas nem outra coisa seria de esperar de um orador convidado do Clube dos Pensadores, tertúlia com poiso em Vila Nova de Gaia. E porque o que conta são os «valores», o sr. Belmiro de Azevedo não hesita em afirmar que «se não for a mão-de-obra barata, não há emprego para ninguém», explicando que «há muitas actividades, nomeadamente no sector primário, em que a mão-de-obra, que Portugal tem muita e em excesso, é indispensável para que possam continuar». Ou dito de outro modo, que a «economia só pode pagar salários que decorram de uma certa realidade». O sr. Belmiro de Azevedo não chegou a dizer que aos escravos nunca faltava trabalho e também não falou do comércio a retalho, não se sabe se por esquecimento, por modéstia ou se porque nos seus supermercados – onde vigora uma certa realidade que faz aparecer dinheiro – o que conta, como afirma, é a «ética Sonae», a tal que lhe abre as portas, a ele, não só dos clubes de pensadores mas também do clube dos mais ricos do mundo, enquanto os outros ficam a deitar contas à vida.

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Debate “O Euro e a dívida – Défices estruturais” – João Ferreira do Amaral

23 Sábado Mar 2013

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19 Março, debate, o euro, PCP

Intervenção de João Ferreira do Amaral 

Economista

Com a saída do euro ganharíamos instrumentos que precisamos, taxa de câmbio que é hoje um instrumento essencial para incentivar os sectores produtores de bens transaccionáveis e a emissão monetária própria porque se o estado dispuser deste instrumento nunca terá uma bancarrota interna e será é essencial para gerir a saída do euro de forma a defender as famílias que estejam endividadas.

PS – quanto pior, melhor – Carlos Gonçalves

22 Sexta-feira Mar 2013

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COSTA, PS, Seguro, Troika

A luta e a teoria revolucionária demonstram que quanto pior é a opressão e a exploração mais se aprofunda o conflito de classes e mais dura é a luta e a transformação progressista. Quanto pior, pior! Por isso, é hoje ainda mais decisiva a organização e a luta, pela alternativa patriótica e de esquerda, pela democracia avançada e o socialismo.

O PS tem da política uma «visão supra classista», de cócoras perante o grande capital, disposto quase sempre a quase tudo para governar ao seu serviço e delapidar direitos democráticos e interesses nacionais, neste «desígnio de poder».

O PS está em fase de oposição retórica e ruidosa. Há dois meses chegou quase a admitir eleições, depois Costa e Seguro tiraram da cartola o Congresso antecipado e meteram a «viola no saco», ficou claro que até às autárquicas não vão exigir a demissão do Governo. O resto é verbalismo inconsequente e sound bytes para uma longa «campanha eleitoral», de que a custo admitem o desenlace em 2014.

O PS afirma agora a «rotura final» com o Governo, que «ultrapassou a linha vermelha», mas insiste em que sobreviva ao seu «estado comatoso» e governe, agravando o desastre nacional. O PS queixa-se à troika estrangeira de «tanta austeridade», mas jura obediência ao programa de agressão e persiste na «quadratura do círculo», quer o pacto com «investimento e emprego».

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Chipre e a crise capitalista – Albano Nunes

22 Sexta-feira Mar 2013

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capitalismo, chipre, crise, FMI, Ue

Ao mesmo tempo que os portugueses eram confrontados com novas notícias sobre o dramático agravamento da situação económica e social do país, o Chipre, uma vez quebrada a resistência às receitas do FMI e da UE pela vitória da direita nas eleições de 24.02.13, tornava-se no quinto país da União Europeia sujeito aos ruinosos «planos de resgate» impostos pelo grande capital e objecto de um ataque sem precedentes aos depósitos bancários dos cipriotas, provocando uma onda de indignação e de revolta que está a encostar à parede o novo governo reaccionário.

Em Chipre como em Portugal, a pretexto da «ajuda» para impedir a «bancarrota» (da banca), as mesmas exigências de cortes nos salários e rendimentos, de desmantelamento dos serviços públicos, de privatizações, de «reformas estruturais». A mesma linha de intensificação da exploração, liquidação de direitos, centralização e concentração de capital, limitações à soberania. As mesmas consequências de empobrecimento, desemprego, recessão e ainda maior endividamento. Os mesmos mecanismos de sucção de mais valia e de drenagem para o sector privado e monopolista do património público. Tudo isto num quadro cada vez mais assumido de que a austeridade veio para ficar, que não há que contar com o regresso à situação anterior à falência do Lehman Brothers em 2008, que o empobrecimento, o desemprego, os cortes sociais, a desregulação laboral e tudo o mais que tem estado no centro da ofensiva do grande capital é para continuar para lá do famoso «regresso aos mercados».

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Debate “O Euro e a dívida – Défices estruturais” – Octávio Teixeira

21 Quinta-feira Mar 2013

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debate

Intervenção de Octávio Teixeira 

Economista

O país tem de proceder a uma forte desvalorização para sair da crise, com os estudos a apontarem para uma desvalorização ao nível dos 30% e só há duas opções, ou desvalorização interna ou desvalorização cambial.

50 verdades sobre Henrique Capriles, candidato opositor à Presidência da Venezuela – Salim Lamrani

21 Quinta-feira Mar 2013

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2013, Chavez, eleições, golpe de estado, Maduro, USA, Venezuela

Quem é realmente o candidato que enfrentará Nicolás Maduro nas eleições de 14 de abril de 2013?

1. Nascido em 1972, Henrique Capriles Radonsky vem de uma das mais poderosas famílias venezuelanas, que se encontra à frente de vários conglomerados industrial, imobiliário e midiático, além de possuírem o Cinex (Circuito Nacional de Exibições), a segunda maior cadeia de cinemas do país.

2. Sua família é proprietária do diário Últimas Notícias, de maior difusão nacional, além de cadeias de rádios e um canal de televisão.

3. Nos anos 80, militou no partido de extrema direita Tradição, Família e Propriedade.

Agência Efe

4. Capriles foi eleito deputado em 1999 pelo estado de Zulia, no partido de direita COPEI. Contra todas as previsões e apesar de sua inexperiência política, foi imediatamente nomeado presidente da Câmara dos Deputados, convertendo-se no deputado mais jovem a dirigi-la.

5. Na realidade, conseguiu se impor aos outros aspirantes com maior trajetória política graças ao poder econômico e financeiro de sua família, que financiou as campanhas de muitos deputados.

6. Em 2000, fundou o partido político Primero Justicia, com o conservador Leopoldo López, e se aliou ao International Republican Institute, braço internacional do Partido Republicano norte-americano. O presidente norte-americano à época era George W. Bush, que ofereceu um amplo apoio à nova formação política que fazia oposição a Hugo Chávez, principalmente mediante o NED (National Endowment for Democracy).

7. Segundo o New York Times, “A NED foi criada há 15 anos para levar a cabo publicamente o que a Agência Central de Inteligência (CIA) fez ocultamente durante décadas. Gasta 30 milhões de dólares por ano para apoiar partidos políticos, sindicatos, movimentos dissidentes e meios informativos em dezenas de países”.

8. Segundo Allen Weinstein, pai da legislação que estabelecia a NED, “muito do que estamos fazendo hoje era feito pela CIA de modo encoberto há 25 anos”.

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Chipre: Draghi utiliza o bloqueio monetário – Medida equivale a um “acto de guerra” – Jacques Sapir

20 Quarta-feira Mar 2013

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chipre, crise, Dragui

O “bloqueio monetário” de Chipre que acaba de ser posto em acção pelo BCE é um acto de uma gravidade extraordinária, cujas consequências devem ser cuidadosamente estudadas. A decisão do sr. Mario Draghi abrange dois aspectos: em primeiro lugar o BCE não alimenta mais o Banco Central de Chipre com papel-moeda (ponto que não parece essencial pois as reservas de cash parecem importantes) e além disso interrompe as transacções entre os bancos cipriotas (assim como as empresas baseadas em Chipre, sejam ou não cipriotas) pois doravante já não podem fazer transacções com o resto da zona Euro. Por outro lado, a decisão equivale a um “bloqueio” económico, ou seja, nos termos do direito internacional a uma acção equivalente a “acto de guerra”. É portanto terrível a gravidade da decisão tomada por Mario Draghi. Ela poderia também prestar-se a contestação diante dos tribunais internacionais. Mario Draghi poderia, por isso, encontrar-se um dia diante de um tribunal, internacional ou não.

Sobre a interrupção das relações entre bancos cipriotas e a zona Euro, o argumento invocado é a “dúvida” sobre a solvabilidade dos ditos bancos cipriotas. Isto é evidentemente um puro pretexto pois há “dúvidas” desde Junho último. Todo o mundo sabe que com as consequências do “haircut” imposto sobre os credores privados da Grécia foram fragilizados consideravelmente os bancos de Chipre. O BCE não havia reagido na ocasião e não considerava o problema da recapitalização destes bancos como urgente. O BCE decidiu-se a fazê-lo no dia seguinte à rejeição pelo Parlamento cipriota do texto do acordo imposto a Chipre pelo Eurogrupo e a Troika. Não era possível ser mais claro. A mensagem enviada por Mario Draghi é portanto a seguinte: ou vocês se dobram ao que NÓS decidimos ou sofrerão as consequências. Isto não é apenas uma mensagem, é um ultimato. Verifica-se aqui que todas as declarações sobre o “consenso” ou a “unanimidade” que teria presidido à decisão do Eurogrupo não são senão máscaras frente ao que é realmente um Diktat .

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Debate “O Euro e a dívida – Défices estruturais” – Agostinho Lopes

20 Quarta-feira Mar 2013

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Intervenção de Agostinho Lopes 

Membro do Comité Central

Este debate é ainda o esforço do PCP para aprofundar, para ver mais claro, os caminhos, as propostas, as medidas para, num quadro político, económico e social extremamente complexo, a recuperação pelo Estado Português de atributos de Estado de um País soberano e independente há mais de 8 séculos. Naturalmente, sem qualquer pretensão de um futuro autárcico, isolados na Europa ou à margem da comunidade das nações.

A nova propaganda é liberal. A nova escravidão é digital – John Pilger

20 Quarta-feira Mar 2013

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Leni Riefenstah, Propaganda, técnicas

O que é a propaganda moderna? Para muitos, são as mentiras de um estado totalitário. Na década de 1970 encontrei-me com Leni Riefenstahl e perguntei-lhe acerca dos seus filmes épicos que glorificavam os nazis. Utilizando técnicas de câmara e de iluminação revolucionárias, ela produziu uma forma de documentário que empolgou alemães. O seu Triunfo da vontade lançava a magia de Hitler.

Ela contou-me que as “mensagens” dos seus filmes dependiam não de “ordens de cima” mas sim do “vazio submisso” do público alemão. Será que isso incluía a burguesia liberal e educada? “Toda a gente” respondeu ela.

Hoje, preferimos acreditar que não há vazio submisso. A “escolha” é omnipresente. Telefones são “plataformas” que lançam toda opinião superficial. Há o Google mesmo no espaço externo se precisar disso. Acariciados como contas de rosário, os preciosos dispositivos nascem já concentrados na sua tarefa, implacavelmente monitorados e priorizados. O seu tema dominante é o ego. Eu. Minhas necessidades. O vazio submisso de Riefenstahl é a escravidão digital de hoje.

Edward Said descreveu este estado conectado em “Cultura e imperialismo” como levando o imperialismo a lugares que frotas navais nunca poderiam alcançar. É o meio final de controlo social porque é voluntário, viciante e amortalhado em ilusões de liberdade pessoal.

A “mensagem” de hoje, de grotesca desigualdade, injustiça social e guerra, é a propaganda de democracias liberais. Em qualquer avaliação de comportamento humano, isto é extremismo. Quando Hugo Chávez o desafiou, foi insultado com má-fé; e seu sucessor será subvertido pelos mesmos fanáticos do American Enterprise Institute, Harvard’s Kennedy School e de organizações de “direitos humanos” que se apropriaram do liberalismo americano e sustentam sua propaganda. O historiador Norman Pollack chama a isto “fascismo liberal”. Ele escreveu: “Tudo está normal na aparência. Para os que marchavam a passo de ganso [nazis], substitui a aparentemente mais inócua militarização da cultura total. E para o líder bombástico, temos o reformador manco, a trabalhar alegremente [na Casa Branca], a planear e executar assassínios, sorrindo o tempo todo.

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Jerónimo de Sousa em Arouca

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