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Honório Novo, PCP, Comissão Parlamentar de Inquérito ao Processo de Nacionalização, Gestão e Alienação do Banco Português de Negócios S.A., 11.5.012
14 Segunda-feira Maio 2012
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Honório Novo, PCP, Comissão Parlamentar de Inquérito ao Processo de Nacionalização, Gestão e Alienação do Banco Português de Negócios S.A., 11.5.012
14 Segunda-feira Maio 2012
Posted Europa, Internacional, Miguel Urbano Rodrigues, Nacional, PCP, Política, Portugal, Sociedade
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No cerne do grande debate ideológico travado no âmbito do movimento comunista internacional uma questão continua a suscitar um interesse absorvente: a transição do capitalismo para o socialismo. Já Lenine dizia que ela seria infinitamente mais difícil do que a tomada do poder em Outubro de 17. E até hoje não encontrámos respostas satisfatórias.
Uma campanha de âmbito mundial desencadeada por intelectuais de grandes universidades dos Estados Unidos e da Europa, amplamente divulgada pelo sistema mediático controlado pelo imperialismo, proclamou desde a desagregação da URSS o fim do marxismo. Para esses epígonos do capitalismo, o neoliberalismo como ideologia definitiva assinalaria o fim da História; no marxismo identificavam um arcaísmo obsoleto.
Essas profecias não tardaram a ser desmentidas pelo caminhar da História. Em lugar da era de progresso, abundância e democracia, anunciada por George Bush (pai) após o desaparecimento da URSS, uma crise de civilização abateu-se sobre a humanidade. A concentração de riqueza foi acompanhada por um alastramento da pobreza. Fomes cíclicas assolaram e assolam países da África e da Ásia. No início do milénio o capitalismo entrou numa crise estrutural de proporções globais. Continuar a ler
14 Segunda-feira Maio 2012
Posted Arouca, Álvaro Couto, Sociedade, Trabalhadores
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12 de Maio, Desemprego, desfile, manifestação, marcha, Passos Coelho, Porto, Vitor Gaspar
O País até está parvo. É o caso da Maria e, talvez, de mais milhão e meio de portugueses que, como ela, se encontram desempregados.
A Maria que, até sexta-feira passada, apenas se sentia inútil e maltratada. Que se sentia, apenas, vazia. Que andava, apenas, abatidíssima. Agora, também ela não quer acreditar. Há uns meses, regressara a casa dos pais, em Arouca. Com ela veio o filho e o marido, também ele desempregado. A sobrevivência desta gente vem da pequena horta caseira e dos cerca de 350 euros mensais da reforma de seu pai. O subsídio já se foi e, todas as semanas, ela cambaleia, durante horas, na fila do Centro de Emprego, onde estão, o Manel, marido, e o Zé, cunhado, igualmente desesperados. O funcionário, incomodado, todas as vezes explica-lhes que não, que não há trabalho, o que os faz sempre regressar a casa, profundamente deprimidos. Assim têm passado os dias neste último ano e meio. Só lhes restava ficar parvinhos de todo. Foi o que lhes aconteceu, ontem, via TV.
A família estava como todas as noites, à hora certa preparava-se para o último traumatismo do dia. Ligou a televisão para ver e ouvir os telejornais. Com Victor Gaspar a abrir, ainda pior! Que ferro, este homem! Maria sempre o achara arrogante e antipático. Nunca o tinha visto como gente. Contudo, ontem, embora ela não escutasse o espanto de uma vida, até concordou com ele, quando o ouviu dizer – «a satisfação de vida de um desempregado não se recupera».
É então que, logo depois, à esquina de outra notícia, surge, sorrindo docemente, Passos Coelho. Toda a família votou nele nas últimas eleições, mais do que por qualquer outro motivo, como castigo ao Sócrates, já que foi ele que lhes abriu as portas do desemprego. Eles esperam ouvir do primeiro-ministro qualquer coisa cintilante e encorajante. Talvez um: «Há que apertar agora o cinto até virem melhores dias!». Talvez mesmo um: «Caramba! Em Portugal poucos se queixam, o povo está connosco! Os portugueses estão a dar uma lição de anatomia social ao mundo!. . .»
Nada disso. Febril, ao acaso, Passos dispara:
– O desemprego não pode ser considerado como negativo, mas antes como uma oportunidade para mudar de vida!
Para Maria, que vinha de deitar a sopa no prato do filho, isso suscitou-lhe, ali mesmo, na televisão, no CCB da cavaqueira e da intrigalhada entre burgueses, uma profunda indignação.
14 Segunda-feira Maio 2012
Posted PCP, Política, Portugal, Sociedade, Trabalhadores
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Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP, Porto, Manifestação «É tempo de dizer basta! Rejeitar o Pacto de Agressão Lutar por um Portugal com futuro»