Ruptura com a política de direita ou prosseguimento do rumo de afundamento do País, esta é uma das questões cruciais que os portugueses têm nas suas mãos decidir no próximo dia 5 de Junho.
E esta decisiva opção, com o que em si envolve de condenação desse rumo, penalização dos responsáveis, apoio e reforço da CDU enquanto condição indispensável para abrir caminho a uma outra política – será a razão porque se multiplicam as manobras de diversão, o semear de medos, os apelos à resignação e sobretudo a imensa operação de mistificação que PS, PSD e CDS têm em curso para mostrar diferenças onde só há semelhanças.
Convivendo com as teses de responsabilização dos portugueses sobre aquilo que deve ser assacado a trinta e cinco anos de política de direita – de que são exemplo a fantasiosa ideia de que «viveram acima das suas possibilidades»; ou de resignada aceitação perante as alegadas inevitabilidades – de que a repetida ideia de que «não há dinheiro» ou «antes assim, que pior» são síntese recorrente, os analistas e propagandistas do sistema insistem e voltam a insistir em que, agora, não é tempo de apontar responsáveis, que o que está, está, que o que é preciso é união. Continuar a ler