As «zangas» entre José Sócrates e Passos Coelho continuam a ocupar parte considerável do tempo e do espaço da comunicação social dominante: ditos e contra-ditos, ataques e contra-ataques, frases e contra-frases têm, todos os dias, honras de primeira página e são, por efeito de intencional manipulação, transformadas no que de mais importante acontece no País.
De quando em quando, uma (suposta) inconfidência parece baralhar um pouco a engrenagem manipuladora, mas logo todos se apressam a dar ao caso o tratamento adequado e tudo volta a entrar nos eixos – regra geral apimentando ainda mais a farsa. Foi o caso da revelação sobre os encontrossecretos, entre os dois farsantes, que negociavam às escondidas enquanto, em público, representavam a farsa da «zanga» – contudo, num caso como no outro, sempre fiéis à sua dama de eleição: a política de direita. Continuar a ler