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O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, considerou hoje que os últimos dados do desemprego em Portugal divulgados pelo Eurostat são o “espelho real” das afirmações feitas pelo partido.
O Eurostat reviu hoje em alta a taxa de desemprego em Portugal de Maio e Junho para um máximo de 11 por cento e confirmou hoje que a taxa de desemprego em Julho recuou para 10,8 por cento.
“Isso é o espelho real daquilo que vimos afirmando. Ou seja, não há nenhum país que ande para a frente com um desemprego a esse nível”, disse Jerónimo de Sousa aos jornalistas em Gouveia, onde reuniu com a presidência da Câmara e visitou áreas ardidas pelos incêndios florestais.
O dirigente nacional do PCP reafirmou que o desemprego resulta “da destruição da produção nacional, do nosso aparelho produtivo, que tem consequências económicas, em primeiro lugar, e como face mais marcada, esse desemprego”.
Jerónimo de Sousa recordou que no país existem cerca de 700 mil desempregados, e que o fenómeno atinge “particularmente os jovens”.
“Sem a defesa do nosso aparelho produtivo e da produção nacional, bem podemos ir jogando com as estatísticas, que o desemprego continua a existir e a aumentar”, declarou.
Admitiu que “a maior riqueza de um país são os seus trabalhadores”, daí que o PCP avance com a campanha “Portugal a Produzir”.
O gabinete de estatísticas da União Europeia reviu em alta os números do desemprego em Portugal, situando em 11 por cento as taxas referentes a Maio e Junho, quando os valores anteriores apontavam para 10,9 por cento e 10,8 por cento, respectivamente.
Os valores divulgados hoje e referentes aos meses de maio e junho correspondem a um novo máximo.
Em Julho, Portugal manteve-se na quarta posição dos países da União Europeia (UE) com a taxa de desemprego mais elevada, segundo os cálculos do Eurostat.